Vendem-se cada vez menos casas. Subida de preços abranda para 8,7%
O mercado imobiliário está a dar sinais de abrandamento. No primeiro trimestre do ano, os preços da habitação desaceleraram para uma subida de 8,7% face ao mesmo período de 2022 e as transações de casas estão a cair há três trimestres consecutivos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE.
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Apesar de os preços ainda terem subido nos três primeiros meses do ano, o ritmo de crescimento foi inferior, tendo ficado 2,6 pontos percentuais abaixo do observado no trimestre anterior. "Neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7%, superior à das habitações novas (5,7%)", acrescentam.
Os dados do INE refletem também um abrandamento do número de vendas. Entre janeiro e março de 2023 foram transacionadas 34.493 habitações, o que traduz uma queda de 20,8% face ao primeiro trimestre de 2022 e uma redução em cadeia de 10,5%. Trata-se do terceiro ttrimestre consecutivo de redução do número de vendas, com o INE a destacar ainda "o facto da mesma apresentar uma amplitude crescente: -2,8%, -16,0% e -20,8%, entre o terceiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023).
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"Do total das transações, 6.970 respeitaram a habitações novas, traduzindo-se numa redução de 8,3% relativamente ao primeiro trimestre de 2022".
O INE detalha ainda que "as vendas de habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8% do total), tendo atingido 27.523 unidades, valor inferior em 23,4% face ao registo do mesmo período de 2022.
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O valor das transações concluídas no primeiro trimestre totalizou 6,9 mil milhões de euros, menos 15,2% face ao período homólogo. "Por categoria, observou-se um aumento de 6,1% no valor das transações das habitações novas e uma taxa de variação de -10,9% no indicador relativo às habitações existentes", lê-se no mesmo comunicado. Lisboa continua a liderar
Lisboa continua a liderar
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Entre janeiro e março de 2023, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,6% do valor total das habitações transacionadas, seguindo-se o Norte com 23,5%. Porém, em ambos os casos, o valor das transações (aproximadamente 2,8 e 1,6 mil milhões de euros, respetivamente) foi o mais baixo dos últimos dois anos. "O valor das transações dos alojamentos localizados no Algarve fixou-se em 947 milhões de euros, correspondendo a uma quota relativa de 13,8%. No Centro, as transações de alojamentos totalizaram 938 milhões de euros, 13,7% do total, 1,2 pontos percentuais acima do peso relativo observado em período idêntico de 2022", segundo os dados do INE.
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"O valor das transações dos alojamentos localizados no Algarve fixou-se em 947 milhões de euros, correspondendo a uma quota relativa de 13,8%. No Centro, as transações de alojamentos totalizaram 938 milhões de euros, 13,7% do total, 1,2 pontos percentuais acima do peso relativo observado em período idêntico de 2022", segundo os dados do INE.
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Já no Alentejo as habitações transacionadas totalizaram 294 milhões de euros, representando 4,3% do total, enquanto nos Açores e na Madeira ascenderam a 87 milhões de euros e 195 milhões de euros, respectivamente. Os valores das transações nestas duas regiões representaram 1,3% e 2,8% do total, pela mesma ordem.
(Notícia atualizada às 12h20)
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