Fábrica francesa de Sintra que fechou e despediu 60 vendida em leilão por 4,6 milhões

O leilão da fabricante de produtos de arame, tubo e chapa de aço Farame, que foi à praça por 3,3 milhões de euros, teve a duração de 10 minutos, num despique que registou 10 licitações.
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Rui Neves 13 de Junho de 2024 às 12:25
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De 2009 a 2012 foi conhecida no mercado por Caddie Portugal, na sequência da sua aquisição pelo grupo francês Caddie, tendo regressado à designação de Farame em 2012, aquando da sua integração no grupo gaulês Aryes, em cujos mãos chegou a faturar 8,5 milhões de euros anuais.

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Entretanto, de supetão, a Farame foi decretada insolvente em novembro passado, com uma dívida da ordem dos 5,2 milhões de euros.

 

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O administrador de insolvência ainda conseguiu manter a Farame em atividade mais três meses, mas a fábrica acabou por fechar em fevereiro deste ano, atirando cerca de 60 trabalhadores para o desemprego.

Em sede de liquidação, a massa falida da Farame, liderada pelo BCP, decidiu vender a unidade industrial através de leilão presencial, por um valor base de 3,54 milhões de euros, podendo ser adjudicada por um valor mínimo de pouco mais de três milhões.

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Instalações da Farame, 12 de junho e 2024: iniciada a hasta pública da fábrica pouco depois das 14h30, o leilão, bastante concorrido, teve a duração de apenas 10 minutos.

 

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"Com uma afluência de cerca de 70 inscritos para participar no evento, existiam investidores interessados provenientes de diversos setores – ferragens, bricolage, transportes, distribuição, construção civil, saúde e retalho", começa por realçar a Leilosoc, leiloeira responsável pelo leilão, em comunicado.

Esta circunstância "fomentou o despique" decorrido entre os licitantes, o que permitiu abrir o leilão com uma licitação de 3,6 milhões de euros.

"10 licitações depois, a unidade industrial da Farame foi adjudicada por 4,6 milhões de euros", revela a Leilosoc, sem querer identificar o comprador.

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Ao Negócios, o administrador de insolvência manifestou a sua satisfação pelo valor por que a unidade industrial foi adjudicada.

 

"Somando os 4,6 milhões aos cerca de um milhão de cobrança [de dívidas] de clientes já conseguido, isto significa que vai dar para fazer a recuperação total", adiantou Carlos Pinto, referindo-se ao facto de os credores deverem ver os seus créditos totalmente ressarcidos.

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Nos 119 lotes agora adjudicados em leilão incluíam-se um imóvel industrial, bens móveis e propriedade industrial.

O armazém industrial com logradouro (inclui dois cais de carga, casa para guarda e ETAR), situa-se em Rio de Mouro, Sintra.

"É um imóvel de grandes dimensões, com uma área total de 19,4 mil metros quadrados e uma área coberta de 7.450 metros quadrados", descreve a Leilosoc, referindo, ainda, que entre os 118 lotes de ativos móveis destacam-se robots de soldadura, linhas de zincagem, de pintura e de malha, stock e matéria-prima, tendo ainda sido incluída a marca nacional "Farame".

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(Notícia atualizada às 13:00)

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