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Jerónimo Martins sem planos para reforçar participação de 4,99% no Observador

As "provas dadas" do projeto e "um plano de negócios "com uma estrutura de custos controlada" levaram a Jerónimo Martins a aceitar o convite para entrar no capital da proprietária do Observador, mas dona do Pingo Doce diz que não pretende ir além da "participação residual" que adquiriu.

Pedro Soares dos Santos, jerónimo martins
Pedro Soares dos Santos, jerónimo martins Bruno Colaço
29 de Outubro de 2024 às 12:04

A Jerónimo Martins passou a deter 4,99% do capital da Observador On Time, sociedade que detém o jornal online Observador, mas afasta um eventual reforço da sua posição por não ser uma "área de investimento estratégica".

Questionada sobre o racional por detrás do investimento na empresa de comunicação social, dado estar fora do perímetro da atividade em que opera, fonte oficial da Jerónimo Martins explica que a entrada no capital surgiu depois de um convite.

"No âmbito de uma operação de aumento de capital [de 2,4 milhões de euros] que levou a cabo, e tendo ficado uma pequena parte por subscrever, o Observador abordou a Jerónimo Martins. Tratando-se de uma participação residual num projeto com provas dadas e relativamente ao qual foi apresentado um plano de negócios claro e sustentável, com uma estrutura de custos controlada, decidimos atender ao convite e avançar com a subscrição de 4,99% por parte de uma das 'subholdings' do Grupo, neste caso a Recheio SGPS SA já que se trata de um investimento circunscrito a Portugal", indica.

"A Recheio, SGPS, SA subscreveu, assim, 625.000 ações a 1,2 euros, que representam 4,99% do capital da Observador, pelo valor de 750.000 euros, não estando previsto qualquer reforço até porque não é uma área de investimento que consideremos estratégica", refere a mesma fonte da retalhista, quando questionada sobre se admite elevar a sua participação.

Com este aumento de capital, Luís Amaral, que é sócio-fundador, deixa de deter a maioria do capital da proprietária do Observador, passando de 55% para 49,95%. O empresário português é dono de 44% e "chairman" do Eurocash, um dos três grandes na distribuição de produtos de grande consumo na Polónia.

António Carrapatoso, antigo presidente do conselho de administração da Vodafone Portugal, é o segundo maior acionista, com 6,59%. Seguem-se Carlos Moreira da Silva, que detém a BA Glass, Pedro de Almeida, Alexandre Relvas e Filipe de Botton com 5% cada, e a Jerónimo Martins, através da Recheio SGPS, com 4,99%.

O último aumento de capital da dona do Observador no valor de 860.762 euros realizou-se em março deste ano. A empresa que detém o jornal online, que conta uma década de existência, viu os prejuízos agravarem-se 37% no ano passado, para 1,2 milhões de euros.

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