Na sua primeira intervenção enquanto governador do Banco de Portugal (BdP), Álvaro Santos Pereira afirmou que quer promover uma “simplificação regulatória”. “Urge descomplicar e descomplexificar. É preciso eliminar legislações redundantes, simplificar regulações excessivas e desnecessariamente complicadas, e tornar o quadro regulatório menos complexo, mais ágil e mais coerente”, prometeu.

No discurso, o economista traçou os eixos centrais da atuação do BdP por si liderado: “Participar ativamente na condução da política monetária no quadro do Eurossistema”; ter “uma política macroprudencial atenta aos riscos emergentes para a estabilidade financeira”, prestando especial atenção à “evolução do mercado imobiliário e o seu impacto nas vidas das famílias e na estabilidade financeira”; levar a cabo “uma supervisão atenta e exigente para continuar a reforçar a resiliência do setor bancário”; e, no tema dos pagamentos, defender o “direito de escolha dos cidadãos”. 

O governador prometeu ainda encetar um diálogo regular com o Governo e com os outros supervisores financeiros, propor a reativação do Conselho Nacional para a Estabilidade Financeira, lançar uma “vasta campanha de literacia financeira” e combater a fraude digital.

A maioria dos inquiridos no canal de WhatsApp do Negócios está confiante no bom desempenho do novo governador do Banco de Portugal mas uma boa parte não tem opinião sobre o tema. Das 170 respostas obtidas, 85 são no sentido positivo, com 32 inquiridos "muito confiantes" na prestação do novo governador e 53 "confiantes".

Há, no entanto, 42 inquiridos que não têm opinião sobre esta questão, enquanto 15 estão "pouco confiantes" sobre Álvaro Santos Pereira à frente do banco central e 28 estão "nada confiantes".

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