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CrowdProcess: A inquietação que se tornou num super-computador

Democratizar a computação é um objectivo da CrowdProcess, plataforma que se alimenta dos "browsers" para responder a necessidades de clientes.

28 de Março de 2013 às 15:50

Tiago dos Santos Carlos | Escala reduzida do mercado português levou o projecto a expandir-se para fora.

Projecto CrowdProcess

Área de actividade Plataforma de computação distribuída

Sítio www.crowdprocesscom

Por que participou no Seedcamp "Nunca achámos que havia mercado com escala suficiente em Portugal para o serviço que prestamos", refere Tiago dos Santos Carlos.

O que ganhou "Estar em Londres traz-nos outra projecção internacional".

Imagine que é proprietário de um pomar de laranjas e precisa de parti-las ao meio. Depois de as colher, tem duas opções: cortá-las sozinho ou arranjar 200 amigos, a quem dá 200 laranjas, para que cada um corte a sua ao meio e a devolva. A computação distribuída é isto: colocar vários computadores a fazerem aquilo que um sozinho não consegue. E a CrowdProcess diz saber como.

A ideia de criar uma plataforma de computação distribuída surgiu de uma inquietação de João Jerónimo, um dos quatro fundadores da "startup". O licenciado em gestão queria fazer uma multiplicação muito grande, mas não tinha computação (processamento automático de dados através de computadores) suficiente para resolvê-la, a não ser que tivesse um super-computador. Daí, lembrou-se: por que não utilizar a capacidade de computação das pessoas que estão a ver páginas da Internet?

Não descansou enquanto não conseguiu provar que era possível. Falou da ideia aos restantes promotores do projecto, Pedro Fonseca, João Menano e Tiago dos Santos Carlos, que tinha conhecido no Clube de Empreendedorismo da Universidade Nova de Lisboa. Entusiasmaram-se.

"Na cabeça do João Jerónimo isto sempre foi uma 'startup'", conta Tiago dos Santos Carlos, responsável pelas áreas de "marketing" e de comunicação do projecto. Todas as pessoas que estiverem a visitar os sítios da Universidade Nova de Lisboa ou o Wave Cat, por exemplo, fornecem capacidade de computação à plataforma, sem que isso interfira com a experiência de utilizador, explica Tiago dos Santos Carlos.

A que clientes é que isto interessa? A farmacêuticas ou a unidades de investigação em biomedicina, por exemplo. "Todas as empresas que tenham uma grande quantidade de dados e que estejam a gastar muito dinheiro para os processar, podem ter acesso à mesma capacidade de computação, mas mais barata", revela Tiago dos Santos Carlos.

O objectivo é o de criar aplicações específicas para as necessidades de cada cliente e reverter uma parte dos lucros para os fornecedores. O projecto está em fase de teste e a ideia é a de ser uma forma de monetizar conteúdos "on-line" sem a perturbação da publicidade.

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