AMD foi "mais um". Os contratos que a OpenAI tem feito para fazer crescer a IA
É a startup mais valiosa de sempre, ao ser avaliada em 500 mil milhões de dólares, e parece que todas as semanas se lê "OpenAI anuncia...", mas a verdade é que Sam Altman tem recolhido contratos multimilionários nos últimos meses.
O mais recente foi com a Advanced Micro Devices (AMD). Lisa Su, CEO da AMD, vai fornecer "chips" de inteligência artificial a Sam Altman, que, por sua vez, pode adquirir até 10% da fabricante. Para tal, há a necessidade de se cumprirem estreitos objetivos já definidos, mas a parceria significa ganhos de milhares de milhões de dólares em receitas anuais para a grande concorrente da Nvidia.
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A AMD vai fornecer "chips" de IA, equivalentes a 6 GW, ao longo de vários anos para os centros de dados que a dona do ChatGPT está a construir, de forma a aumentar a capacidade de IA existente no mundo, mais especificamente nos EUA. A instalação do primeiro gigawatt está prevista para o segundo semestre do próximo ano, quando a AMD deverá começar a receber receitas e a OpenAI fica com uma pequena percentagem dos 10% da fabricante.
Duas semanas antes, a OpenAI tinha revelado outro contrato multimilionário. Foi precisamente com a Nvidia que Altman traçou um acordo a 23 de setembro, sendo que tal não foi descabido devido às ligações entre as duas tecnológicas.
A empresa de Jensen Huang anunciou o investimento de até 100 mil milhões de dólares na OpenAI, com o intuito de fornecer "chips" para centros de dados. Neste acordo, que significa liquidez extra e acesso a "hardware" de última geração, a OpenAI vai conseguir instalar, pelo menos, 10 GW de sistemas da tecnológica. Estima-se que o primeiro gigawatt também fique disponível na segunda metade de 2026.
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No início de setembro, a imprensa americana revelava que a OpenAI estava a trabalhar com a Broadcom para criar "chips" de IA personalizados. O acordo entre as duas empresas, avaliado em 10 mil milhões de euros, foi feito de uma única assentada.
Com estes acordos, Sam Altman está a tentar reduzir a dependência da Nvidia, que se tornou a empresa com mais encomendas do mercado, e também a mais valiosa dos últimos anos. Ainda assim, a criadora do ChatGPT está ainda a tentar acelerar a sua estratégia e apostar todas as fichas no rápido desenvolvimento de IA.
Ainda em setembro, a OpenAI assinou um contrato de computação com a Oracle, numa duração de cinco anos. O negócio foi avaliado em 300 mil milhões de euros, num dos mais avultados do setor e com arranque previsto para 2027, e ajudou a impulsionar a tecnológica fundada por Larry Ellison.
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A OpenAI conseguiu ainda 40 mil milhões de dólares, no início do ano, numa ronda de financiamento liderada pelo Softbank. O capital será utilizada para escalar a infraestrutura de computação.
Ainda assim, é importante referir o projeto Stargate, uma iniciativa de grandes dimensões que visa a criação de centros de dados nos EUA. Estão envolvidos o Softbank, OpenAI e Oracle, em que os investimentos podem chegar aos 500 mil milhões de dólares nos próximos anos, apesar da construção de 10 GW de capacidade até ao fim do presente ano.
Ainda sobre o Stargate, há quem diga que Sam Altman foi à Coreia do Sul assinar parcerias com a Samsung e a SK Hynix, pedindo "chips" de memória específicos. Entre o acordo, ficou definido a expansão do projeto para o país e ainda a criação de dois centros de dados nos próximos anos, de forma a expandir a capacidade computacional da Coreia do Sul.
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