Drone da portuguesa Tekever vai patrulhar o Mediterrâneo

A tecnologia não tripulada (drone) da portuguesa Tekever será testada pela Marinha Portuguesa no âmbito das missões da Agência de Controlo de Fronteiras Exteriores (Frontex) da União Europeia, numa altura em que nunca tantos deslocados tentaram cruzar o mar Mediterrâneo.
Rui Neves 01 de Junho de 2015 às 19:25

Mais de cinco mil pessoas foram resgatadas no mar Mediterrâneo desde sexta-feira, um número sem precedentes este ano, segundo informou a Agência de Controlo de Fronteiras Exteriores (Frontex) da União Europeia. Já são quase 40 mil as pessoas que, desde o início do ano, cruzaram o "mare nostrum" em busca de uma vida melhor no continente europeu. Cerca de 1.800  morreram.

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É neste cenário de crise humanitária que um drone da Tekever, tecnológica portuguesa na área aeroespacial e defesa, será testado pela Marinha Portuguesa, "ainda este ano", no âmbito das missões da Frontex. Para o efeito, optou-se pela utilização do sistema AR3 Net Ray, que tem "autonomia superior a 10 horas".

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Sabendo-se que a missão do Frotex é controlar as fronteiras no mar Mediterrâneo e, em simultâneo, prestar assistência e conseguir salvar vidas, "a tecnologia não tripulada poderá ser muito útil neste tipo de operações uma vez que pode melhorar substancialmente a eficiência das operações e o tempo de resposta a incidentes", explica Ricardo Mendes, administrador da Tekever.

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Esta empresa está a desenvolver, com o auxílio da Marinha Portuguesa, um programa baseado em tecnologia aérea não tripulada vocacionado para missões marítimas, entre as quais se destacam busca e salvamento, vigilância, patrulhamento marítimo, detecção de poluição e pesca ilegal. 

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Os testes levados a cabo incluem o lançamento e aterragem de equipamentos em de navios do tipo Fragata e Patrulha Oceânica, como por exemplo os já realizados em missões da Marinha Portuguesa na região do Golfo da Guiné durante os meses de Março, Abril e Maio. 

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A Tekever vai ainda liderar um consórcio de organizações que foi escolhido pela Agência Europeia de Segurança Marítima e pela Agência Espacial Europeia para criar um sistema de vigilância marítima com base em drones.

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A empresa lembra ainda que o oceano Atlântico, o mar do Norte e o mar Mediterrâneo são algumas das localizações que veículos não tripulados da Tekever "vão sobrevoar quando em 2016 iniciar os primeiros testes no terreno".

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A Tekever factura 20 milhões de euros, 80% dos quais são gerados no exterior, e emprega cerca de 150 pessoas.

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