Drone da portuguesa Tekever vai patrulhar o Mediterrâneo
Mais de cinco mil pessoas foram resgatadas no mar Mediterrâneo desde sexta-feira, um número sem precedentes este ano, segundo informou a Agência de Controlo de Fronteiras Exteriores (Frontex) da União Europeia. Já são quase 40 mil as pessoas que, desde o início do ano, cruzaram o "mare nostrum" em busca de uma vida melhor no continente europeu. Cerca de 1.800 morreram.
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É neste cenário de crise humanitária que um drone da Tekever, tecnológica portuguesa na área aeroespacial e defesa, será testado pela Marinha Portuguesa, "ainda este ano", no âmbito das missões da Frontex. Para o efeito, optou-se pela utilização do sistema AR3 Net Ray, que tem "autonomia superior a 10 horas".
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Sabendo-se que a missão do Frotex é controlar as fronteiras no mar Mediterrâneo e, em simultâneo, prestar assistência e conseguir salvar vidas, "a tecnologia não tripulada poderá ser muito útil neste tipo de operações uma vez que pode melhorar substancialmente a eficiência das operações e o tempo de resposta a incidentes", explica Ricardo Mendes, administrador da Tekever.
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Esta empresa está a desenvolver, com o auxílio da Marinha Portuguesa, um programa baseado em tecnologia aérea não tripulada vocacionado para missões marítimas, entre as quais se destacam busca e salvamento, vigilância, patrulhamento marítimo, detecção de poluição e pesca ilegal.
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Os testes levados a cabo incluem o lançamento e aterragem de equipamentos em de navios do tipo Fragata e Patrulha Oceânica, como por exemplo os já realizados em missões da Marinha Portuguesa na região do Golfo da Guiné durante os meses de Março, Abril e Maio.
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A Tekever vai ainda liderar um consórcio de organizações que foi escolhido pela Agência Europeia de Segurança Marítima e pela Agência Espacial Europeia para criar um sistema de vigilância marítima com base em drones.
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A empresa lembra ainda que o oceano Atlântico, o mar do Norte e o mar Mediterrâneo são algumas das localizações que veículos não tripulados da Tekever "vão sobrevoar quando em 2016 iniciar os primeiros testes no terreno".
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A Tekever factura 20 milhões de euros, 80% dos quais são gerados no exterior, e emprega cerca de 150 pessoas.
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