Ordem dos Revisores "iniciou diligências" para analisar caso de aumento de capital da Yupido
Num comunicado enviado às redacções, a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) fez saber que tomou conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, da "realização de uma avaliação de entrada em espécie por valor elevado que configura uma operação muito atípica".
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Por isso, e "dado existir envolvimento de um dos seus membros", a OROC "iniciou diligências com vista à análise da situação".
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O caso, divulgado pelo diário online Eco, chamou também a atenção do Ministério Público (MP), que está a tentar perceber como é que a empresa de consultoria com sede nas Torres de Lisboa, mas que não tem funcionários nem vendas conhecidas, consegue justificar o aumento de capital para cerca do dobro do valor de cotação da GALP.
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"O MP encontra-se a acompanhar a situação, com vista a decidir qual o procedimento mais adequado no âmbito das suas competências", informou hoje a Procuradoria-Geral da República, ao ser confrontada com informações de a empresa estaria a ser investigada pela Polícia Judiciária.
Segundo o Diário de Notícias, a Yupido nasceu em Julho de 2015, com um capital social de 243 milhões de euros e estaria ligada a consultoria tecnológica, contabilidade e gestão de apoio às empresas, tendo sido criada por Cláudia Alves e Torcato Jorge.
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Ao DN, um porta-voz da Yupido garantiu a "origem legal" da empresa e que, caso contrário, a empresa já teria sido notificada pelos órgãos competentes.
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O activo que justifica o aumento de capital da Yupido foi uma plataforma de "armazenamento, protecção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media", que se destaca "pelos algoritmos que a constituem", de acordo com o jornal Eco - citado pelo DN -, que teve acesso ao relatório emitido pelo revisor oficial de contas António Alves da Silva -- que terá feito a avaliação independente desse activo.
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