Sword Health afasta planos para entrar em bolsa. "Gerir uma cotada é aborrecido", diz CEO
A última ronda de financiamento avaliou a Sword Health em quatro mil milhões de dólares, mas, por agora, a empresa não tem quaisquer pretensões de entrar em bolsa. Na Grécia, onde assinou um acordo com o Governo local para criar a primeira linha de informação de saúde e triagem telefónica do país, o presidente executivo (CEO) da startup portuguesa, Virgílio Bento, afirmou, citado pela Bloomberg, que "neste momento, gerir uma empresa cotada em bolsa parece ser terrivelmente aborrecido".
O objetivo é continuar a crescer e transformar a Sword Health numa empresa avaliada em biliões de dólares. Para isso, Virgílio Bento tem os olhos postos nos investidores norte-americanos - a empresa está agora sediada em Nova Iorque -, nos quais, diz, o sucesso da empresa esteve, até agora, "absolutamente dependente". No entanto, o maior desafio daquele que foi o sexto unicórnio "made in Portugal" não está em conseguir financiamento, mas sim em atrair talento.
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"Se eu quisesse angariar 200 milhões de dólares, eu poderia fazê-lo agora", afirma o CEO, acrescentando que "o acesso a talento é uma limitação para o nosso crescimento - não o capital". A Sword Health quer transformar o setor de cuidados de saúde, passando de um modelo que privilegia o ser humano para um modelo que põe a inteligência artificial (IA) no seu centro. Virgílio Bento prevê que a receita da startup ultrapasse os 200 milhões de dólares este ano e duplique para 400 milhões em 2026.
O CEO da empresa afirma que a Sword Health está a expandir rapidamente nos EUA e que está a preparar-se para entrar em novos mercados. Exemplo disso foi a chegada à Grécia, com o objetivo de tornar o acesso ao sistema de saúde mais rápido e mais barato, através de soluções com inteligência artificial (IA), mas a startup está ainda a expandir os seus serviços para cuidados de saúde mental e outras áreas.
“Acreditamos que estamos na era dourada da IA na saúde”, afirmou ainda. “Queremos tornar os cuidados de saúde de alta qualidade acessíveis em todos os lugares, independentemente de onde uma pessoa nasceu ou da sua condição socioeconómica", acrescentou, citado pela Bloomberg. A Sword Health tornou-se o sexto unicórnio “made in Portugal” em novembro de 2021 após ter fechado uma ronda de investimento Série D no valor de 189 milhões de dólares (167,6 milhões de euros), o que na altura colocou a avaliação da empresa em dois mil milhões de dólares.
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