A Sword Health firmou um acordo com o Governo da Grécia para criar a primeira linha de informação de saúde e triagem telefónica no país, apoiada em inteligência artificial. Este anúncio, que segue os princípios do português SNS24, chega depois do unicórnio de Virgílio Bento abandonar o projeto de melhorar o atendimento do INEM - 112 -, apontando a iminência de um "colapso". 

A linha na Grécia vai orientar os mais de 10 milhões de cidadãos através da linha de saúde, arrancando a transformação pela Linha Nacional de Informações de Saúde, o 1566. A empresa portuguesa quer, introduzindo IA no sistema grego, garantir a estabilidade sazonal e que os tempos de atendimento são curtos, ao mesmo tempo que as equipas clínicas estão a trabalhar. Mediante os resultados e a avaliação que for feita, o plano de ataque da Sword Health passa por transformar a Linha de Emergência Médica - 166 -, o equivalente ao Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU) do INEM em Portugal. 

O objetivo é terminar o próximo ano com as duas linhas inseridas em estruturas de IA. A tecnologia a aplicar nos sistemas é desenhada pela Sword Intelligence, a divisão de IA do unicórnio português, que permite acrescentar resiliência para que as linhas de saúde consigam lidar com picos repentinos de procura, libertando os profissionais nas horas de maior volume, mas também do trabalho mais rotineiro. 

"Os sistemas de saúde em todo o mundo estão sob uma pressão enorme: a capacidade de resposta não acompanha as necessidades das pessoas e os custos continuam a crescer para os cidadãos. A única forma de resolver este paradoxo - removendo as barreiras no acesso a cuidados de saúde de elevada qualidade e, ao mesmo tempo, reduzindo custos - é usar a IA para ampliar a capacidade das equipas clínicas existentes. É exatamente esse o modelo que vai determinar o futuro da saúde em todo o mundo”, justifica Virgílio Bento, CEO da Sword Health.

Na visão do ministro da Saúde da Grécia, Adonis Georgiadis, esta parceria coloca o país na linha da frente. "Esta parceria vai permitir reconstruir o fluxo de cuidados de saúde do nosso sistema, tornando-o mais rápido, mais eficiente e mais cómodo para os nossos cidadãos", destaca Georgiadis, enquanto o fundador da empresa aponta que "muito em breve veremos muitos outros países a replicar o que está a ser feito entre a Sword e a Grécia neste momento". 

Várias entidades internacionais independentes vão trabalhar em conjunto com a empresa e o Governo grego para realizar um estudo que analisa a conceção e o desempenho do sistema, equiparando-o com normas internacionais de segurança, qualidade e privacidade de dados.