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Acordo da Casa Branca com Intel impede venda da unidade de produção de chips

A Administração Trump acordou assumir uma participação de 10% na empresa por via da conversão em ações de 8,9 mil milhões de dólares em subsídios concedidos.

Casa Branca negoceia entrada do Governo no capital da Intel
Casa Branca negoceia entrada do Governo no capital da Intel AP Photo/Don Ryan
28 de Agosto de 2025 às 20:30

A entrada do Governo federal dos EUA no capital da Intel, com uma participação de 10%, foi desenhada por forma a impedir que a empresa possa vender a sua unidade de produção de chips, revelou esta quinta-feira o "chief financial officer" (CFO) da Intel, David Zinsner, noticia o Financial Times.

O acordo converte em ações da Intel os subsídios no valor de 8,9 mil milhões de dólares concedidos pelo Estado. O Governo pode ainda adquirir mais 5% da empresa durante os próximos cinco anos, a um preço de 20 dólares por ação (a Intel negoceia hoje nos 24,94 dólares), se a tecnológica deixar de controlar 51% da unidade de fundição, que produz chips para outros clientes.

"Julgo que não uma grande probabilidade de que a nossa participação [na unidade] desça dos 50%, portanto antecipo que essa garantia expire", indicou Zinsner numa conferência organizada pelo Deutsche Bank.

A unidade de fundição tem sido uma fonte de prejuízo para a Intel, tendo perdido 13 mil milhões de dólares no ano passado, o que levou a que existisse forte pressão para que fosse vendida, tendo se falado do interesse da Qualcomm na operação.

O CFO disse ainda que a entrada do Governo no capital poderá "mudar a perceção externa da empresa", sendo que empresas como a Nvidia, Apple e Qualcomm não encomendam chips à Intel, preferindo comprar os semicondutores à TSMC.

Zinsner recusou a ideia de que possa ter havido coordenação entre a entrada do Governo no capital da empresa e a injeção de dois mil milhões de dólares feita pelo SoftBank. "Foi uma coincidência ter acontecido na mesma semana", assegurou.

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