Mark Zuckerberg anda pessoalmente à caça de talentos em inteligência artificial (IA). O CEO da Meta Platforms, dona de redes sociais como o Facebook, o Whastapp e o Instagram, quer reunir uma equipa de 50 especialistas em IA geral - um ramo da IA que se foca em desenvolver a capacidade de uma máquina de compreender e/ou aprender qualquer tarefa que um ser humano consiga desempenhar. 

Nas últimas semanas, Zuckerberg tem recebido nas suas mansões em Lake Tahoe e Palo Alto, em São Francisco, engenheiros e investigadores especializados na área, a que chama de equipa secreta de "superinteligência" em IA geral, que quer ter perto de si - literalmente. Segundo avança a Bloomberg, que cita fontes próximas do assunto, o CEO terá mandado reorganizar a arquitetura dos seus escritórios para que a "superequipa" se sente ao seu lado.

Frustrado com os (poucos) avanços que a dona do Facebook fez em relação ao tema, o CEO diz que "a Meta pode e deve ultrapassar as outras empresas" de tecnologia na corrida ao investimento em IA, colocando assim a empresa que lidera no pelotão da frente. Atingido o objetivo, a Meta quer integrar a IA geral nos seus sistemas: não só nas redes sociais e outras plataformas de comunicação, mas também no chatbot da Meta e, por exemplo, nos óculos de sol alimentados por IA em parceria com a Ray Ban.

O dono do Facebook não esconde o fascínio pela inteligência artificial e frisa quer quer fazer dela uma prioridade na empresa. Nos últimos dois meses, Zuckerberg terá estado mais ativo e presente na gestão da Meta, segundo as mesmas fontes. 

Aliás, a nova equipa está a ser desenhada ao mesmo tempo que a empresa anuncia que vai investir 10 mil milhões de dólares na Scale AI. Caso avance, será o maior investimento externo da Meta até ao momento. A Scale AI oferece serviços de dados para auxiliar as empresas a treinar os seus modelos e cria aplicações de IA personalizadas para empresas e governos, tendo na sua lista de clientes empresas como a Microsoft e a OpenAI. O seu fundador, Alexandr Wang, deve juntar-se à equipa de "superinteligência" após a conclusão do acordo.