Symantec diz que Coreia do Norte pode estar por detrás dos ciberataques
Há linhas comuns entre os ataques deste mês a mais de 150 países e os que visaram a Sony em 2014, apontam companhias de segurança informática. A Coreia do Norte desmente envolvimento e fala em "campanha suja".
A empresa de segurança informática Symantec considera que piratas informáticos oriundos da Coreia do Norte estarão, com grande probabilidade, por detrás do ataque com o software malicioso WannaCry, que este mês infectou mais de 300 mil computadores em mais de 150 países.
O código detectado pelos investigadores da empresa nos ataques é comum ao usado em actividades anteriores de grupos com ligações àquele país asiático, refere a Reuters. A ligação à internet usada para instalar a versão actualizada do WannaCry é também a mesma que terá sido usada num ataque que destruiu ficheiros da Sony Pictures Entertainment em 2014, atribuídos ao grupo Lazarus, que poderá estar sediado na Coreia do Norte.
A empresa de segurança tecnológica refere contudo que o grupo não estará a trabalhar para o governo de Pyongyang, já que foram detectadas falhas no código do próprio software e foi pedido resgate em bitcoin, o que denota necessidades de financiamento das actividades.
Outra companhia de segurança informática, a Kaspersky, disse ter encontrado semelhanças entre o software utilizado nos ataques recentes e noutros perpetrados pelo Lazarus, mas salvaguarda que as provas são inconclusivas.
O regime norte-coreano continua a desmentir quaisquer ligações ao ataque que infectou empresas de transportes, de telecomunicações e serviços de saúde entre outros, apelidando-a de "campanha desprezível e suja."
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