Compra de Musk obriga Twitter a tranquilizar anunciantes sobre conteúdos ofensivos
A notícia da aquisição do Twitter por Elon Musk, abriu a porta ao desconforto entre alguns anunciantes que pagam as receitas de publicidade da rede social, obrigando a empresa a tranquilizar o mercado.
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A companhia com sede em São Francisco, nos EUA, escreveu às agências de publicidade a assegurar que a empresa não irá colocar publicidade ao lado de conteúdo ofensivo, segundo o email visto pelo diário britânico Financial Times (FT).
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"O Twitter fez alguns progressos no combate ao ódio online e ao extremismo nos últimos anos, e por isso, embora queiramos ser cautelosamente otimistas sobre como Elon Musk irá moderar a plataforma, até ao momento [o empresário] não abordou essas questões", alertou Jonathan Greenblatt, líder da Anti-Defamation League, uma organização que em 2020 comandou um boicote publicitário contra o Facebook, um movimento que contou com a participação de pesos pesados, como a Ford ou a Coca-Cola.
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"Temos medo que Musk tome uma direção diferente [da adotada pelo Twitter nos últimos anos]", acrescentou Greenblatt, contactado pelo FT.
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Até agora, o sentimento do mercado é misto, com alguns anunciantes a saudarem os planos de Musk de acabar com contas falsas e "bots", enquanto outros temem que o autodenominado "imperador de marte" dê um passo atrás na política de moderação do Twitter".
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Entre as reações mais polémicas de anunciantes à compra do Twitter é de salientar a de Henrik Fisker, CEO da empresa automóvel Fisker, que apagou a conta na rede social e da General Motors, que em comunicado, se comprometeu em analisar os padrões e a abordagem do Twitter à medida que ele evolui sob sua nova estrutura de propriedade."
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"No geral, a expectativa é que Musk torne o Twitter mais tóxico e menos amigável para as marcas", antecipou Brian Wieser, presidente do GroupM.
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Stephan Loerke, líder da Federação Mundial de Anunciantes já avisou, através de uma nota citada pelo diário britânico, que "Esperamos que a nova liderança [do Twitter] abrace a necessidade de uma moderação equilibrada".
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Fim da moderação ou início de um novo regulador?
"A liberdade de expressão é um pilar do funcionamento da democracia e o Twitter é a praça digital onde as questões vitais para o futuro da humanidade são debatidas", adiantou Musk esta semana, dando a entender que irá eliminar as políticas de moderação.
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"Quero tornar o Twitter melhor do que nunca melhorando o produto com novas funcionalidades, tornando os algoritmos abertos para aumentar a confiança, derrotando os "spam bots" e autenticando todos os utilizadores. O Twitter tem um potencial tremendo. Estou ansioso por trabalhar com a empresa e a comunidade de utilizadores para libertar esse potencial", acrescentou.
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