Oi prevê regressar aos lucros em 2020

Com a reestruturação da dívida com os credores e a venda de activos a consultora EY prevê que as contas da Oi saiam do vermelho em quatro anos. Para os credores há duas propostas em cima da mesa.
Oi Brasil
Bloomberg
Sara Ribeiro 06 de Setembro de 2016 às 10:00

A Oi entregou na segunda-feira o plano de recuperação judicial no Tribunal, dentro do prazo previsto. O processo, o maior da história brasileira, assenta na reestruturação da dívida e na alienação de activos.

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Com a implementação deste plano, de acordo com as estimativas da consultora EY, a operadora que tem a Pharol como maior accionista, deverá regressar aos lucros em 2020. Em quatro anos, a Oi deverá conseguir fechar as contas com um resultado líquido de 1.044 milhões de reais.

No que toca ao plano para os credores, a Oi propõe que parte dos créditos seja convertida em acções até um limite de 32,3 mil milhões de reais.

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Durante três anos, após a homologação do plano, no final de cada semestre a Oi fica com a possibilidade de resgatar parcial ou integralmente esses títulos com um valor acrescido de juros de 4% ao ano.

Caso os valores mobiliários em questão (até 10 mil milhões de reais) não sejam resgatados em dentro desse prazo, serão convertidos em acções que representem 85% do capital social da Oi "ou da sociedade que venha a substituí-la após reorganização societária", lê-se no documento.

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Esta opção é restrita a credores com créditos equivalente a 50 mil reais.

No caso do plano sem reestruturação sem conversão em acções, a Oi propõe um período de carência de 11 anos. Ou seja, sugere pagar em 14 parcelas semestrais a partir do 11º ano após aprovação do plano de recuperação judicial.

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Os credores têm agora 30 dias, que começam a contar a partir da apresentação do plano de recuperação, para emitir um parecer à proposta da Oi.

Quanto à venda de activos, a Oi sugere alienar "directa ou indirectamente" as participações detidas pela PT Participações SGPS, em operadoras de telecomunicações na África e na Ásia, mercados onde detém a Cabo Verde Telecom, Unitel (da qual detém 25%) e a Timor Telecom. O documento não detalha, contudo, o nome das empresas que serão alienadas.

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As operações de datacenters, de telefonia móvel e a rede de fibra óptica no Estado de São Paulo também integram a lista.

 

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As acções da Oi valorizam 8,48% para 0,243 euros, depois de já terem estado a ganhar mais de 10% na sessão desta terça-feira em Lisboa.

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