Paulo Neves: "PT vai manter liderança no segmento empresarial"
Paulo Neves garante que as receitas do segmento empresarial estão a aumentar. Com a nova estratégia, que consiste em alargar a sua área de intervenção junto das empresas, acredita que a PT vai “manter a liderança".
A PT Portugal quer alargar a parceria com o tecido empresarial português a outras áreas. Além de fornecer serviços de telecomunicações, quer ser o parceiro tecnológico das pequenas e grandes empresas portuguesas para "continuar a ser líder" e "aumentar a quota de mercado", sublinhou Paulo Neves, CEO da PT, esta quarta-feira durante a conferência de apresentação da nova estratégia.
Para ajudar as empresas "a encontrar novos modelos de negócio", alargou o portefólio de produtos e acrescentou aos serviços de telecomunicações soluções de IoT (internet das coisas) e "machine to machine", explicou João Sousa, administrador responsável pelo segmento empresarial. Estas soluções vão facilitar a gestão de frotas ou contribuir para a eficiência energética ou de saneamento, exemplificou.
O IoT "é uma área estratégica. Há muitos objectos dentro das casas. Queremos dar-lhes vida", disse João Sousa.
Além disso, dividiu a oferta empresarial em três áreas: telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicações (ICT) e BPO ("outsourcing" de processos).
Na área de IoT, as novas soluções vão ser implementadas através de uma parceria que a Altice assinou com a Sigfox. Em Portugal, será realizada através da rede Narrow Net.
Aliás, as potencialidades das sinergias entre as empresas do grupo Altice foram destacadas por várias vezes. "A PT tem uma grande vantagem e oportunidade neste momento que é fazer parte de um grande grupo. Estamos a trabalhar aproveitando as sinergias do grupo", reforçou Paulo Neves.
Com estas sinergias, e a nova aposta no segmento empresarial, o presidente executivo da PT está confiante de que a PT "vai manter a posição de líder" e "aumentar a quota de mercado". De acordo com os dados divulgados pelos responsáveis, a dona da Meo tem uma quota de mercado de 48% em termos de receitas.
À margem da conferência, Paulo Neves sublinhou ainda que as receitas deste segmento já "estão a aumentar". E acredita que este ano a operadora vai assistir ao crescimento dos proveitos neste segmento.
De acordo com os resultados divulgados esta semana pela Altice, no primeiro trimestre do ano as receitas do segmento empresarial da PT caíram entre 8 e 10%. Uma quebra que resultou "daquilo que eventualmente pode ter sido perdido numa fase anterior, e que tem reflexo uns meses depois, como é óbvio", explicou Paulo Neves.
"O que posso dizer é que neste momento a dinâmica de mercado nos permite estar bem posicionados e continuamos a crescer em várias das áreas", concluiu.
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