Comissão de trabalhadores: "Enquanto não subirem os salários as pessoas não vão entrar na EMEF"

A comissão de trabalhadores da CP diz que há pessoas a declinar os contratos na EMEF por causa dos salários oferecidos. Já os 22 comboios que a empresa vai comprar "não chegam".
Catarina Cardoso, CP
David Martins 
Maria João Babo 27 de Fevereiro de 2019 às 13:36

A responsável da comissão de trabalhadores da CP, Catarina Cardoso, disse esta quarta-feira no Parlamento que as 100 contratações que o Governo autorizou a EMEF a fazer não estão a acontecer devido aos salários oferecidos.

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Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Catarina Cardoso salientou que esses 100 trabalhadores não estão ao serviço, em parte porque "as pessoas chegam lá e declinam o contrato porque vão ganhar menos do que no setor privado". "Estamos a falar de grandes diferenças salariais", salientou, acrescentando que "não são 100, 200 ou 300 euros. É muito dinheiro".

 

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"O drama é esse", afirmou a responsável da CP, frisando que "enquanto não subirem os salários essas pessoas não vão entrar".

Catarina Cardoso salientou aos deputados que as autorizações do Governo foram dadas apenas para contratações para a EMEF e não para a CP, onde disse que se mantêm os constrangimentos e a falta de pessoal, continuando o volume de trabalho extraordinário e muitas bilheteiras desguarnecidas.

Relativamente à política para a ferrovia, "há muitos anúncios mas grande parte não passa de um anúncio ou demora muito tempo para se realizar", afirmou, considerando que "falta visão estratégia de longo prazo que tenha esqueleto".

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Catarina Cardoso apontou ainda a falta de pessoal e de investimento,  considerando que a compra de 22 comboios que a CP tem a concurso "não chega".

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