Groundforce garante salários de maio e prevê contratar em junho

A administração da empresa de handling reúne esta quarta-feira com os acionistas sobre a anulação do acordo de venda de equipamentos à TAP e a definição de um plano de pagamentos para devolver os 7 milhões. Com a retoma, a Groundforce diz estarem assegurados os salários do próximo mês e prevê contratar cerca de 100 trabalhadores em junho. 
Manuel de Almeida/Lusa
Maria João Babo 28 de Abril de 2021 às 13:24

A Groundforce assegurou já aos trabalhadores que tem neste momento tesouraria para pagar salários e impostos do mês de maio, o que será possível também pela perspetiva de retoma da atividade, numa altura em que o país prossegue o ritmo do desconfinamento.

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Ao Negócios, fonte oficial da empresa de handling, que no ano passado não renovou contratos com cerca de mil trabalhadores que lhe prestavam serviço, adiantou que, com o retomar da sua operação e a perspetiva de aumento do número de voos, tem previsto contratar em junho trabalhadores operacionais de placa e para o check in.

A primeira fase de recrutamento vai envolver cerca de 100 trabalhadores, sendo depois progressivo em função das da retoma e das necessidades.

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O conselho de administração da Groundforce vai reunir ao final da tarde desta quarta-feira com os acionistas – a Pasogal de Alfredo Casimiro (50,1%) e a TAP (49,9%) – sobre a necessidade de anulação do acordo celebrado com a companhia aérea para a venda, e posterior aluguer, de equipamentos da empresa de handling.

Em causa estão pareceres do conselho fiscal da Groundforce e da auditora Deloitte, que consideram nulo o contrato que fez entrar na empresa de handling cerca 7 milhões de euros, que permitiram pagar os salários dos últimos meses, uma vez que entendem que esse acordo conduz a empresa à insolvência porque a venda desses equipamentos lhe retira capacidade de operação.

O conselho de administração da Groundforce reunirá assim esta quarta-feira com os acionistas para discutir os pareceres e decidir se segue a orientação do conselho fiscal.

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Caso venha a determinar que o contrato é nulo, a consequência será ter de devolver os cerca de 7 milhões de euros à TAP. Como a Groundforce não está neste momento capitalizada, em debate estará ainda a possibilidade de serem definidas condições para um plano de pagamentos para se processar a devolução desse dinheiro.     

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