Humberto Pedrosa: “A TAP tem-me tirado muito o sono”
Humberto Pedrosa, que entrou no capital da TAP, em conjunto com David Neeleman, admitiu alguma preocupação com a companhia aérea.
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"Sim, a TAP tem-me tirado muito o sono. É verdade, mas no fundo não estou arrependido, e não estou arrependido porque gosto de fazer coisas, gosto de desafios e eu acho que a TAP para além de ser uma companhia que não é fácil, é uma companhia que tem muita coisa para fazer, há muito trabalho para ser feito e é isso também que me entusiasma. E se me pergunta se fosse hoje voltava a entrar na TAP? A resposta é sim eu voltava a entrar na TAP", salientou o empresário, dono da Barraqueiro, em entrevista ao Eco.
Pedrosa referiu ainda que entre as questões que estão a travar a renegociação da dívida da TAP, conta-se o problema com os bancos portugueses. "O facto de a Caixa Geral de Depósitos, que era um dos bancos intervenientes, não ter conselho de administração fez com que houvesse aqui algum atraso, o Novo Banco também mudou o conselho de administração, tudo isto atrasou um pouco e, se calhar, da nossa parte também não atacamos logo com tanta rapidez as reuniões como seria necessário", reconheceu.
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Humberto Pedrosa explicou ainda que "a pressa também era relativa uma vez que faltava a aprovação da ANAC. E sem isso a negociação com a banca também não nos interessava".
O montante em reestruturação da dívida da TAP é de 120 milhões de euros, de um total de 800 milhões, segundo o empresário.
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Pedrosa deu ainda conta de "algum conforto" com a posição que o Estado irá assumir na companhia aérea de bandeira. "É algum conforto para nós privados estarmos de braço dado com o Estado numa operação que é importantíssima para o país, para a economia do país, uma companhia que requer muita atenção, muito investimento, por isso sinto-me confortável", referiu o empresário.
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