Receitas da Easyjet sobem 11%, mas ações caem 5% com aviso sobre custos e greves

A transportadora aérea apontou o dedo à greve dos controladores de tráfego áereo em França. Ações chegaram a cair 8% na manhã desta quinta-feira.
Soeren Stache/AP
Rui da Rocha Ferreira 17 de Julho de 2025 às 10:40

A Easyjet anunciou receitas de 2,92 mil milhões de libras, cerca de 3,37 mil milhões de euros, para o terceiro trimestre fiscal (que terminou em junho), o que representa uma subida de 11% face a igual período do ano passado. Os lucros aumentaram 21% para 286 milhões de libras, cerca de 330 milhões de euros.

Mas a empresa deixou avisos para o próximo trimestre (e para os resultados globais do segundo semestre fiscal), antevendo um impacto na ordem de 25 milhões de libras (29 milhões de euros), devido aos custos mais elevados com combustíveis e aos efeitos da greve dos controladores aéreos em França. A empresa atribui um custo direto de 15 milhões de libras à greve feita no início de julho e de 10 milhões de libras aos custos acrescidos que antevê ter com os combustíveis.

PUB

"A boa notícia é que já temos em curso medidas fortes para proteger as nossas operações", disse Kenton Jarvis, presidente executivo (CEO) da companhia aérea, citado pela Bloomberg. "Mas não há medidas eficazes quando o espaço aéreo francês fecha efetivamente", ironizou.

Os resultados positivos da Easyjet no terceiro trimestre fiscal beneficiaram do período da Páscoa, que este ano aconteceu durante o mês de abril, ao passo que no ano anterior tinha sido em março (e por isso correspondia aos resultados de outro trimestre).

O segmento de negócio ligado aos pacotes de férias (Easyjet Holidays) cresceu 27% para 428 milhões de libras, enquanto as receitas oriundas das viagens de passageiros cresceram 9,7% para 1,76 mil milhões de libras. Também as receitas acessórias subiram 5,6% para 732 milhões de libras.

PUB

Nas previsões para o ano fiscal de 2025 (que no caso da empresa britânica termina no final de setembro), a perspetiva é positiva. "Com 67% da capacidade do quarto trimestre já vendida, o resultado final do exercício de 2025 dependerá, como habitualmente, das reservas de fim de verão e das receitas associadas", afirmou a Easyjet em .

O CEO da Easyjet destacou também que o conflito no Médio Oriente teve um ligeiro impacto nas rotas para o Egito e para a Turquia, baixando a procurar durante algumas semanas, mas a empresa não tenciona fazer mudanças de rotas como resultado do conflito, escreve a Reuters.

Depis de terem chegado a cair 8% na sessão desta manhã, as ações da Easyjet seguem a desvalorizar 5,52% para 4,97 libras esterlinas.

PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Páscoa easyJet Airlines Turquia França Médio Oriente Egito
Pub
Pub
Pub