Turkish acelera sedução à Air Europa para derrotar Lufthansa

A Lufthansa pode vir a perder terreno na compra de 25% da Air Europa, depois da Turkish Airlines entrar em jogo e fortalecer a sua proposta. A família Hidalgo estará mais interessada na oferta do Estado turco.
Turkish Airlines demonstrou interesse na Air Europa no fim de junho.
AP
Inês Pinto Miguel 28 de Julho de 2025 às 12:23

A Turkish Airlines começou a explorar entrar no capital da Air Europa no fim de junho e desde então que tem vindo a reforçar a sua estratégia para "roubar" os 25% à concorrente Lufthansa. 

De acordo com o , a família Hidalgo, sócia maioritária na Air Europa através da Globalia, está tentada a seguir o caminho da Turkish, uma vez que a companhia estatal da Turquia está a fazer um plano de ataque para seduzir os Hidalgo para adquirir a posição que se encontra à venda. Por se tratar de uma participação sem controlo, dispor de uma maior disponibilidade de encaixe e de não existirem grandes resistências a nível regulatório, a família Hidalgo vê a compra com bons olhos. 

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Vendo potencial na Air Europa, e já solucionando possíveis entraves que possa encontrar, a Turkish propõe incorporar até 12 aeronaves Airbus A330neo para reforçar as operações da companhia, com cada parte a entrar com seis aviões, significando que os Hidalgo teriam de romper a longa ligação à norte-americana Boeing. 

A Lufthansa também propõe um crescimento da frota disponível, uma vez que esta é uma das maiores necessidades da Air Europa, que tem assistido a elevados níveis de ocupação. As duas pretendentes à compra querem aumentar o seu espaço no mercado sul europeu e as ligações à América Latina e à Ásia, que consideram ser prioritários. 

A Lufthansa já tinha oferecido 160 milhões de euros por uma participação de 20% e desde então subiu a sua proposta para 240 milhões de euros por uma posição de 25%, depois de avaliar a companhia em 800 milhões de euros. Este valor vai ao encontro das intenções da Globalia, que agora quer encaixar 240 milhões de euros em troca de 25% do capital, de forma a evitar o resgate, no mesmo montante, concedido pela SEPI.

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