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Agências de viagens afirmam que venda da TAP deve ter cláusulas "inegociáveis"

Da manutenção do hub à monitorização próxima do processo, a Agência Nacional das Agências de Viagens assume que existem pontos que não podem ser abdicados na venda da companhia.

Agências de viagens dizem que ecossistema de stakeholders deve ser protegido.
Agências de viagens dizem que ecossistema de stakeholders deve ser protegido. Bloomberg
11 de Julho de 2025 às 12:53

A Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) aplaude a , mas lembra que os pontos centrais definidos pelo Governo devem ser "inegociáveis". 

"A ANAV mostra-se favorável à decisão [de privatização de 49,9% da TAP], mas apresenta algumas condições inegociáveis que devem ser respeitadas para que o processo seja benéfico para o país", diz a associação em comunicado.

"É impossível levar a bom porto um processo de privatização da TAP sem ter em consideração, sem ouvir, todos os restantes protagonistas que, juntamente com a companhia aérea, fazem do turismo português uma referência mundial. Neste sentido, mantendo a linha de coerência habitual, somos a favor da privatização, mas apelamos ao bom senso dos decisores para que tenham em conta todos os que fazem parte do ecossistema", ressalva o presidente da ANAV, Miguel Quintas, na mesma missiva.

Na visão das agências de viagens, que já se tinham mostrado a favor da venda da companhia, devem ser incluídas cláusulas contratuais obrigatórias que vão ao encontro das "premissas-base" como as que os ministros das Finanças e das Infraestruturas apresentaram no último briefing do Conselho de Ministros.

Entre as garantias deve estar a manutenção do hub de Lisboa, com a associação a posicionar-se "contra qualquer cenário que retire o hub de Lisboa em benefício de outros, como por exemplo Madrid", sendo que a ameaça do fecho deste núcleo deve ser mitigada através de um contrato de venda bem estruturado. 

Outro ponto que a ANAV sustenta é que que o processo deve ter em consideração a "defesa dos interesses dos stakeholders", ou seja, a venda da companhia só deverá ser "válida se salvaguardar todo o ecossistema envolvido em torno da TAP, nomeadamente as agências, hotelaria, restauração, eventos e infraestruturas aeroportuárias", lembrando que as agências de viagens são responsáveis por 40% das reservas da companhia. 

"Apelar à inclusão formal dos agentes de viagens no processo decisório, garantindo participação significativa na definição de contratos e processos pós-privatização" e ainda uma monitorização próxima para "impedir que sejam ignorados os interesses dos que trazem turistas e movimentam a economia" são os restantes pontos de defesa que o Governo deve assegurar na privatização da TAP.

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