Mais de metade dos hoteleiros prevê atingir a retoma em 2023 ou 2024
Mais de metade (53%) dos hotéis prevê chegar aos níveis de 2019, em taxa de ocupação e receitas, só em 2023 ou 2024. Destes, 45% estabelecimentos hoteleiros esperam atingir a retoma em 2023.
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Os restantes 47% dos hotéis esperam chegar aos níveis de 2019 entre junho e agosto deste ano.
Este é um dos principais resultados do estudo apresentado esta segunda-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) com base num inquérito realizado a 462 estabelecimentos hoteleiros de todo o país.
A perspetiva acompanha as estimativas da Organização Mundial de Turismo que aponta que 48% do setor a nível mundial só vai retomar a atividade em plano em 2023 e outros 44% em 2014 ou mais tarde. Já na Europa a OMT aponta para que 56% do setor chegue à retoma em 2023 e 36% em 2024 ou mais tarde.
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Segundo o estudo da AHP o aumento da taxa de inflação e a escassez da mão de obra no turismo são as principais razões apontadas pelos inquiridos como ameaça à recuperação do setor já em 2022. A guerra na Ucrânia é apontada por 51% dos inquiridos, sendo a segunda maior razão de ameaça à retoma do Turismo.
Seguem-se os custos da energia, apontada por 41% dos inquiridos, e os custos dos combustíveis e escassez das matérias primas por 31%.
Entre junho e setembro deste ano em média as reservas situam-se, hoje, entre os 40% e os 59%, havendo a previsão que "ainda vão crescer" tendo em conta que "a recuperação do turismo em Portugal está a acontecer mais rapidamente do que em alguns países europeus", diz o presidente da AHP, Bernardo Trindade.
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Para já, em junho, a Madeira é a região do país com uma maior taxa de ocupação ascendendo aos 80% a 100%, seguindo-se os Açores com 60% a 80%.
No reverso, é a região Centro a que regista uma menor taxa de ocupação sendo "a região com perspetivas menos otimistas" ficando-se entre os 20% a 39% de reservas, diz a presidente executiva da AHP Cristina Siza Vieira.
Lisboa, Algarve, Norte e Alentejo têm reservas na ordem dos 40% a 59%. Cenário que se mantém em julho e agosto à exceção do Algarve que recupera para os 60% a 80% nas taxas de ocupação durante esses meses.
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Quanto aos principais mercados em Portugal para o verão, a "grande surpresa" está na queda de turistas do Reino Unido que sai do top três, aponta presidente executiva da AHP.
De acordo com os inquiridos pela AHP 80% dos estabelecimentos hoteleiros dizem que são os portugueses o seu principal mercado para o verão deste ano. Segue-se Espanha com 49% dos inquiridos e França com 40%. O Reino Unido cai para a quarta posição com 34%.
Já os Estados Unidos têm vindo a crescer e "é apontado como um dos principais mercados para 21% dos inquiridos", salienta Cristina Siza Vieira.
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