Confederação do Turismo preocupada com "imagem de Portugal" após caos no aeroporto
O presidente Francisco Calheiros já pediu uma reunião com a ministra da Administração Interna, onde irá exigir "medidas urgentes". A confederação alerta que se pode "perder competitividade internacional" numa atividade que tem mostrado ser um motor da economia.

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O novo sistema de controlo de passageiros está a provocar o caos nos aeroportos nacionais, e a pressionar ainda mais a infraestrutura da capital. A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) mostrou-se "muito preocupada com os constantes problemas de atrasos e longas filas de espera".
A entidade liderada por Francisco Calheiros adianta que estes atrasos, resultante em perdas de voos para alguns turistas, "colocam em causa a imagem do turismo nacional em particular e do país em geral".
Devido aos atrasos verificados no Aeroporto Humberto Delgado, esta confederação revela que agendou uma reunião com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, "para exigir esclarecimentos sobre o que se está a passar" em Lisboa, devido "às falhas do novo sistema europeu de controlo automatizado de fronteiras".
“A imagem externa do turismo nacional e do país está a ser muito afetada nas últimas semanas devido às longas filas e atrasos no aeroporto de Lisboa, que já desde maio se vão repetindo. Esta situação não pode continuar! O Governo, através da ministra da Administração Interna tem de tomar medidas urgentes para evitar que o país venha a perder competitividade internacional numa das atividades que é um dos mais importantes motores da economia portuguesa”, alerta Francisco Calheiros, através de comunicado.
De recordar que o Governo escolheu implementar este sistema em maio, de forma a antecipar-se à entrada oficial do Entry/Exit System por parte dos Estados-membros. De recordar que este sistema de controlo, que irá implicar biometria, só se aplica a cidadãos fora da União Europeia.
A CTP critica então as longas filas e tempos de espera sentidas desde o passado dia 12 de outubro, apontando que as mesmas não se justificam por esta primeira fase do sistema não dispor da recolha obrigatória dos dados biométricos dos viajantes. Aliadas a estas estão as sucessivas "falhas nos equipamentos e a falta de recursos da polícia de fronteiras".
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