No dia em que o Parlamento toma posse para uma nova legislatura, a Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) identificou 10 prioridades para o setor do turismo para os próximos quatro anos, que vão desde o novo aeroporto de Lisboa até à modernização dos sistemas de regulação.

Na visão da organização presidida por Miguel Quintas, a primeira prioridade da legislatura que arranca esta terça-feira deve ser a "construção urgente do novo aeroporto de Lisboa". Com a geografia de Alcochete escolhida e nome de batismo de Luís de Camões, a ANAV defende a construção do novo aeroporto "como condição essencial para garantir a competitividade do país e responder à crescente procura turística". 

A ANAV pede ainda a "simplificação administrativa e fiscal para micro, pequenas e médias empresas" do setor, bem como a criação de fundos de emergência para situações de crise, dando o exemplo da pandemia ou de desastres naturais. O "lançamento de um plano nacional de apoio à transformação digital das agências de viagens e demais empresas que operam no setor" é também uma das prioridades emergentes para a associação. 

Com falta de mão de obra em todo o setor, o documento da associação apela à "criação de programas de formação contínua e reconversão profissional, atraindo e qualificando novos talentos para as empresas do setor". Seguindo a mesma linha, a ANAV pede a "valorização e dignificação da profissão de agente de viagens" com o reconhecimento legal da profissão e o acesso do Provedor do Cliente às associações. 

De forma a que as empresas do setor possam sobreviver na época baixa, a ANAV apela à criação de produtos turísticos sustentáveis e que potenciem o turismo em regiões de baixa densidade ao longo do ano.

Entre as prioridades está ainda a "constituição de um órgão de diálogo regular entre o Governo e as associações representativas, assegurando a participação (...) na definição das políticas públicas de turismo". Atualmente, o setor do turismo é representado pelo Secretário de Estado Pedro Machado. 

A associação pede ajudas à promoção da internacionalização destas agências, ao reforço da promoção externa de Portugal enquanto destino de excelência e a modernização dos sistemas de supervisão e regulação do setor, para uma maior proteção do consumidor nacional.