Poupar: Que aplicação financeira escolher?

Para gerir o património ou, mais simplesmente, fazer frutificar o excedente mensal dos seus rendimentos, qualquer consumidor/investidor é confrontado com a questão de saber como poderá aplicar o seu dinheiro da forma mais eficaz possível.
Negócios 27 de Outubro de 2008 às 12:28

Para gerir o património ou, mais simplesmente, fazer frutificar o excedente mensal dos seus rendimentos, qualquer consumidor/investidor é confrontado com a questão de saber como poderá aplicar o seu dinheiro da forma mais eficaz possível.

E não é uma tarefa fácil, já que existem inúmeras aplicações, cada uma aparentemente mais atractiva do que a outra. Uma informação errada ou insuficiente pode originar perdas significativas, sobretudo para quem apenas dá ouvidos à publicidade das instituições financeiras.

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O objectivo da PROTESTE POUPANÇA é simples: conduzir o aforrador através do labirinto das possibilidades de investimento, dando-lhe a informação suficiente para que possa, com conhecimento de causa, gerir as suas poupanças da forma que mais lhe convém para obter o melhor rendimento possível.

Assim, antes de investir convém conhecer os produtos financeiros e, pelo menos, as suas características básicas. Com essa “arma” poderá muito mais facilmente distinguir os bons dos maus investimentos propostos pelo seu banco. Para ajudá-lo nessa tarefa, enumeramos os principais tipos de produtos financeiros, os seus prós e contras e enquadramo-los nos prazos mais adequados.

Curto prazo ATÉ 12 MESES

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Recorra a estes produtos para manter um pé-de-meia e fintar os imprevistos (acidente, doença grave ou desemprego). Junte um mínimo de três a seis vezes o orçamento mensal familiar. O restante deve aplicar por prazos mais longos, pois o rendimento tende a ser maior.

Depósitos a prazo

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A favor:

– taxas de juro bastante atractivas em alguns bancos; as actuais taxas de juro a doze meses variam entre 0,3 e 4,8%

– capital garantido

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– possibilidade de obter rendimentos periódicos (mensais, trimestrais, etc.) na conta à ordem

– disponíveis em todos os bancos

Contra:

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– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado

– eventuais custos de manutenção na conta à ordem associada ao depósito a prazo

No portal financeiro em: Rendimento Garantido > Depósitos

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Contas poupança-reformado

A favor:

– isenção de imposto sobre os juros para montantes até 10 500 euros; acima desse valor aplica-se a taxa normal de imposto de 20%

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– capital garantido

– disponíveis em quase todos os bancos

Contra:

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– só acessíveis para reformados ou pensionistas cuja pensão bruta mensal não exceda, no momento da subscrição, o equivalente a três meses do salário mínimo nacional (1278 euros, em 2008)

– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado

– eventuais custos de manutenção na conta à ordem associada à conta poupança

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Escolhas Acertadas:

– Protocolo DECO/BPN; a taxa anual nominal líquida é actualmente 5,75%

No portal financeiro em: Rendimento Garantido > Contas poupança

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Certificados de Aforro

A favor:

– remuneração indexada à taxa Euribor (em Agosto, a taxa base líquida é de 3,2%)

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– garantia do Estado

– facilidade de subscrição nas estações dos CTT

– sem custos

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Contra:

– nos primeiros 3 meses, o dinheiro está indisponível

– há depósitos a prazo com taxas superiores

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No portal financeiro em: Rendimento Garantido > Certificados de Aforro

Fundos de tesouraria em euros

A favor:

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– levantamento em qualquer altura sem perda do rendimento acumulado

Contra:

– sem garantia de rendimento nem de capital

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– comissão de gestão elevada em alguns fundos

– taxas de rentabilidade têm decepcionado devido às más opções de algumas sociedades gestoras

No portal financeiro em: Fundos > Fichas Detalhadas

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Médio prazo ENTRE 1 E 5 ANOS

Aquele dinheiro que não precisa de imediato pode ser aplicado em produtos com prazos superiores a doze meses. A rentabilidade é teoricamente mais interessante. Contudo, a actual oferta dos mercados é pouco favorável aos produtos de médio prazo, pelo que, na maioria dos casos, não são recomendados pela PROTESTE POUPANÇA.

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Certificados de Aforro

A favor:

– ver na secção anterior

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– prémio de permanência líquido até 2%

Contra:

– há produtos bancários (depósitos e obrigações de caixa) com rentabilidades superiores

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No portal financeiro em: Rendimento Garantido > Certificados de Aforro

Obrigações do Tesouro (OT)

A favor:

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– capital e rendimento garantido se a OT for mantida até ao vencimento

– rendimentos anuais provenientes dos cupões

– há OT que permitem aplicar por períodos muito longos (actualmente até 29 anos)

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Contra:

– custos de transacção em Bolsa

– mínimo recomendado de 2500 euros

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– reduzida rentabilidade

– funcionamento das OT é pouco intuitivo

No portal financeiro em: Rendimento Garantido > Obrigações do Tesouro

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Fundos de obrigações euro (curto prazo)

A favor:

– levantamento com um pré-aviso de poucos dias e sem perda do rendimento acumulado

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– disponíveis em quase todos os bancos

– há fundos que distribuem os rendimentos periodicamente

Contra:

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– sem garantia de rendimento nem de capital

– podem existir comissões de resgate

– comissão de gestão elevada em alguns fundos

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– taxas de rentabilidade têm decepcionado devido às más opções de muitas sociedades gestoras

No portal financeiro em: Fundos > Fichas Detalhadas

Nota: apesar da designação, estes fundos são adequados para aplicar entre 6 meses e 3 anos

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Obrigações de caixa (excluindo ICAE)

A favor:

– capital garantido no final do prazo

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– rendimento, por norma, está definido à partida ou evolui com a taxa Euribor

Contra:

– levantamento antecipado pode não ser possível ou implicar a perda de capital e/ou rendimento

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No portal financeiro em: Outras análises

Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados (ICAE)

A favor:

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– capital garantido no final do prazo, em regra

– possibilidade de obter um rendimento superior aos depósitos a prazo

Contra:

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– rendimento muito incerto e dependente de fórmulas normalmente complexas; pode não ganhar nada!

– levantamento antecipado pode não ser possível ou implicar a perda de capital

No portal financeiro em: Outras análises

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Nota: dada a grande diversidade, podem surgir ICAE com características diferentes das referidas

Fundos imobiliários

A favor:

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– rendimento potencial superior às taxas de juro de curto prazo (Euribor)

– possibilidade de investir em imóveis com pequenos montantes (desde 500 euros)

Contra:

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– sem garantia de rendimento nem de capital

– custos superiores a outro tipo de fundos

No portal financeiro em: Fundos > Fichas Detalhadas e Fundos > Conselhos de compra

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Longo prazo MAIS DE 5 ANOS

Todas as poupanças que não irá precisar nos próximos 5 ou mais anos devem ser aplicadas a longo prazo.

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Fundos de obrigações (médio/longo prazo)

A favor:

– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)

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– carteira com alguma diversificação

– potencial de valorização dos mercados de obrigações (descida das taxas de longo prazo e/ou ganhos cambiais)

Contra:

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– risco (baixo a médio baixo)

– sem garantia de rendimento nem de capital

– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias

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No portal financeiro em: Fundos > Fichas detalhadas e Fundos > Conselhos de compra

Fundos de acções

A favor:

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– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)

– carteira com alguma diversificação

– elevado potencial de valorização das Bolsas

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Contra:

– risco (médio a muito elevado)

– sem garantia de rendimento nem de capital

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– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias

No portal financeiro em: Fundos > Fichas detalhadas

Fundos mistos

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A favor:

– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)

– carteira diversificada

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– potencial de valorização dos mercados de acções e obrigações

Contra:

– risco muito baixo a médio baixo

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– sem garantia de rendimento nem de capital

– gestão feita totalmente pela sociedade gestora

No portal financeiro em: Fundos > Fichas detalhadas e Fundos > Conselhos de compra

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Seguros sem capital garantido (‘unit linked’)

Consoante o produto, as vantagens e inconvenientes serão semelhantes aos fundos de acções, obrigações ou mistos

Seguros com capital garantido

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A favor:

– montante mínimo reduzido (desde 250 euros)

– garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo

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– menos impostos sobre os rendimentos (16 e 8% para prazos superiores a 5 e 8 anos respectivamente, em vez da habitual taxa de imposto de 20%)

Contra:

– comissões de subscrição e gestão elevadas

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– penalizações por levantamento antecipado

– baixo potencial de valorização

No portal financeiro em: Outras análises

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Acções (investimento directo)

A favor:

– elevado potencial de valorização

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– gestão directa por parte do investidor

Contra:

– risco elevado

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– sem garantia de rendimento nem de capital

– mínimo recomendado de 20 mil euros

– acompanhamento permanente dos mercados

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No portal financeiro em: Acções > Fichas detalhadas

PORTAL FINANCEIRO

Na Internet, em www. protestepoupanca.pt encontra informação detalhada e permanentemente actualizada sobre produtos financeiros. Sendo que diversos conteúdos são de acesso livre a todos os visitantes.

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Na coluna esquerda da página principal pode aceder a diversos módulos: acções, fundos, rendimento garantido e PPR. Estão também disponíveis ferramentas para aplicar melhor as poupanças de acordo com o seu perfil: Onde investir?, Simuladores e Didáctico.

Na coluna central da página inicial encontra as análises e conselhos mais recentes sobre acções, fundos de investimento e outros produtos financeiros que estão a ser comercializados pelos bancos.

Está igualmente disponível um dossiê sobre a actual crise financeira, onde respondemos às questões mais frequentes dos consumidores.

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CARTEIRA DE FUNDOS

Para o longo prazo, a PROTESTE POUPANÇA sugere combinar o investimento em fundos de acções e obrigações, isto é, constituir uma carteira de fundos. Sendo que os aforradores mais ousados ou que possam aplicar por prazos mais longos devem atribuir um maior peso aos fundos de acções. Para conseguir uma boa diversificação é aconselhável aplicar, pelo menos, 10 mil euros.

No portal financeiro em: Fundos > Estratégia de investimento

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O CASO PARTICULAR DOS PPR

As campanhas publicitárias dos Planos Poupança-Reforma (PPR) são bastante agressivas, mas este produto financeiro não se destina a todos os investidores.

Invista só a partir dos 40 anos e até ao montante que, em cada ano, permite a dedução fiscal máxima. Se tem menos de 50 anos, opte por um PPR sob a forma de fundo e com algum investimento em acções, pois o potencial de valorização é superior. Se tem mais de 50 anos, deve privilegiar um seguro PPR com garantia de capital.

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A favor:

– pode deduzir ao IRS uma percentagem dos montantes investidos

– carga fiscal mais reduzida aquando do resgate

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Contra:

– comissões superiores a produtos financeiros semelhantes

– resgate só é possível se tiver mais de 60 anos, entrar na reforma ou em situações muitos específicas definidas na lei

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– nos últimos 5 anos antes do vencimento, as entregas não têm benefício fiscal

No portal financeiro em: PPR

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