Financiamento à economia com o maior acréscimo mensal em três anos

Os bancos emprestaram quase 6 mil milhões de euros às famílias e empresas, em Dezembro. Este valor corresponde a um aumento mensal de 39%, o maior desde Dezembro de 2008.
Sara Antunes 06 de Fevereiro de 2012 às 21:32

Este é o maior acréscimo mensal desde Dezembro de 2008, segundo os dados preliminares do Banco de Portugal. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o montante total de empréstimos corresponde a uma descida de 2,17%, ou seja, menos 133 milhões de euros. Esta é a queda menos pronunciada desde Abril de 2011, último mês em que se verificou um aumento homólogo dos novos financiamentos.

Este comportamento foi verificado em todos os segmentos. Nos empréstimos a particulares, as novas operações cresceram 17,40%, em termos mensais, para 796 milhões de euros. No crédito à habitação houve 279 milhões de euros para novas operações, no crédito ao consumo 200 milhões e nos financiamentos para outros fins (que inclui educação e empresários por conta própria) houve 317 milhões de euros em novas operações.

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Já as empresas absorveram 5,19 mil milhões de euros. 1,95 mil milhões foram destinados a novas operações de crédito até um milhão de euros e 3,24 mil milhões de euros foram destinados ao segmento de empréstimos superiores a milhão de euros. Este montante concedido para empréstimos a empresas acima de um milhão de euros é o mais elevado desde Dezembro de 2008.

Estes comportamentos permitiram que o financiamento a empresas aumentasse 15,81% em termos homólogos.

Os últimos meses têm sido de aumento das restrições no acesso ao crédito. E, de acordo com as previsões dos próprios bancos, esta tendência deverá manter-se.

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É que com a conjuntura económica actual em que Portugal se encontra, de recessão económica com muitas incertezas em relação ao futuro, de aumento da taxa de desemprego, de falências constantes e com o acesso ao mercado de financiamento por parte da própria banca estar limitado, torna o acesso ao financiamento cada vez mais difícil. Se por um lado os bancos restringem o acesso, por outro a procura por parte das famílias e empresas também acaba por ser menor. Até porque as condições de acesso ao crédito são cada vez mais penalizadoras.

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