Anúncio de novo partido de Musk afunda Tesla no "pre-market"
Após terem sido penalizadas pela excessiva proximidade de Elon Musk com Donald Trump, as ações da Tesla estão esta segunda-feira a afundar pelo afastamento do CEO da empresa face ao Presidente dos EUA.
Musk tornou-se uma das figuras mais próximas de Trump nos primeiros meses do segundo mandato do republicano na Casa Branca, ocupando mesmo o cargo de responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) até maio. Apesar de não fazer formalmente parte da Administração Bush, o homem mais rico do mundo gozava de enorme influência junto de Trump.
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Essa proximidade, bem como declarações polémicas de Musk, nomeadamente de apoio à extrema-direita, penalizaram a Tesla, com fortes quebras das vendas na Europa e entre os eleitores democratas nos EUA.
Tudo mudou com a proposta de lei orçamental de Trump que irá fazer disparar o endividamento da maior economia mundial e que Musk criticou duramente. A "big and beautiful bill" de Trump acabou por ser aprovada na semana passada e Musk anunciou durante o fim de semana que iria criar um novo partido: o America Party.
Pelo meio, Trump ameaçou investigar e suspender os apoios públicos a empresas de Musk e alguns dos seus apoiantes mais próximos falaram mesmo em deportar o bilionário. Musk, por seu turno, disse nas redes sociais que Trump apenas foi eleito graças a si e que sem ele os republicanos não teriam maioria na Câmara dos Representantes.
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Este ano as ações da Tesla têm apresentado elevada volatilidade, tendo ganho novo fôlego quando Musk saiu do DOGE, com os investidores a acreditarem que o CEO iria, finalmente, focar-se novamente na empresa.
A Tesla, que encerrou a última sessão, na passada quinta-feira, nos 315,35 dólares e com um valor em bolsa de 1.015 mil milhões de dólares, segue a perder 6,43%, para os 295,08 dólares na negociação em "pre-market" desta segunda-feira, o que se traduz na perda de cerca de 75 mil milhões em "market cap", para 940,3 mil milhões de dólares.
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