Dados da inflação dão fôlego a Wall Street mas não impedem perdas na semana
Os principais índices norte-americanos recuperaram das fortes perdas das últimas duas sessões e valorizaram esta sexta-feira. A animar os investidores esteve o índice de despesas de consumo (PCE) - o indicador de inflação favorito da Reserva Federal - que acelerou menos do que o esperado, bem como comentários de membros da Fed que aligeiraram receios quanto ao futuro da política monetária em 2025.
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Em novembro, o índice de despesas de consumo dos particulares (PCE) aumentou 2,4% em termos homólogos, um valor que ficou abaixo do estimado nos 2,5%. Face a estes números, os "traders" aumentaram as expectativas de cortes de juros pela Fed no próximo ano, passando a esperar uma descida em março e outra em outubro, antecipando o segundo corte que era apenas previsto em dezembro.
O Dow Jones avançou 1,18%, para 42.840,26 pontos, enquanto o "benchmark" S&P 500 ganhou 1,09%, até aos 5.930,85 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite subiu 1,03%, para os 19.572,60 pontos. Apesar da valorização de hoje, os três índices acumulam perdas semanais, com o S&P 500 a registar a maior descida das últimas seis semanas.
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Ainda a centrar atenções, num dia em que se assiste ao fenómeno de "bruxaria tripla", em que vencem contratos de opções sobre ações, futuros sobre índices de ações e opções sobre índices de ações, esteve ainda o "fantasma" de que os republicanos no Congresso ditem um "shutdown" da administração federal após o apelo do presidente eleito Donald Trump.
Entre os principais movimentos do mercado, a Tesla recuou 3,46% após ter anunciado a chamada à oficina de quase 700 mil veículos nos EUA, enquanto a farmacêutica Eli Lilly avança 5,1% depois dos resultados abaixo do esperado num ensaio clínico da rival dinamarquesa Novo Nordisk ter afundado as ações da empresa escandinava. As ações da empresa dinamarquesa nos Estados Unidos mergulharam 17,83% - o pior dia em 22 anos.
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