ESFG e BES abrem semana em mínimos

As acções do Espírito Santo Financial Group e do Banco Espírito Santo abriram a sessão de segunda-feira em queda, acentuando a tendência negativa do mês de Junho, em que as cotadas marcaram fortes perdas devido à crise no Grupo Espírito Santo.

 

Os títulos do ESFG chegaram a cair 10,4% para 1,55 euros, o valor mais baixo de sempre, estando agora a recuar 3,47% para 1,67 euros. Tendo com conta esta cotação, a capitalização bolsista do ESFG situa-se em 345 milhões de euros, 65,6% abaixo do registado no início do ano.

Na semana passada os títulos da "holding" que controla 25% do capital do BES perderam um terço do valor (33,38%), perante notícias que dão conta das dificuldades da cotada.

 

O Grupo Espírito Santo (GES) está sob pressão para encontrar financiador para os 900 milhões de euros de papel comercial subscrito pela Portugal Telecom e que a operadora de telecomunicações define como sendo um investimento de curto prazo. Esta aplicação vence em Julho, data em que o braço não financeiro do GES terá de renovar esta emissão de curto prazo, tendo de encontrar outros investidores ou reembolsando-a, o que implicará dispor de fundos próprios.

 

No Sábado o semanário "Expresso" avançou que o "plano derradeiro para evitar a insolvência do Grupo Espírito Santo" pode passar pela conversão dos credores da Espírito Santo International em accionistas da Rio Forte.

 

O mesmo jornal adianta que Amílcar Morais Pires, indicado por Ricardo Salgado para o suceder à frente do banco, poderá ter estado envolvido em pagamentos com "offshores". O responsável garante que está a ser vítima de uma campanha de difamação.

 

Este clima de instabilidade e incerteza quanto à liderança do BES, que tem uma assembleia geral marcada para 31 de Julho, também penaliza os títulos do banco, que esta manhã recuam 1,25% para 0,712 euros. As acções já marcaram um novo mínimo desde Agosto do ano passado, após uma queda de 4,85% para 0,686 euros. Na sexta-feira as acções do banco fecharam a cair 11,43% para 0,721 euros.

 

O banco ainda liderado por Ricardo Salgado marca agora uma capitalização bolsista de 3,976 mil milhões de euros, com uma queda de 24,71% desde o início do ano.