Acções da Galp sofrem maior queda em nove meses após novas metas

As acções da Galp Energia atingiram o valor mais baixo desde Setembro, apesar de a petrolífera ter aumentado o valor do dividendo e os lucros.  
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Foto: Galp
Nuno Carregueiro 20 de Fevereiro de 2018 às 10:39

A actualização do plano estratégico da Galp Energia não está a ser bem recebida pelos investidores, com as acções a sofrerem a queda mais acentuada em nove meses.

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As acções caem 2,62% para 14,31 euros, o que corresponde à queda mais forte desde Maio do ano passado. Os títulos já chegaram a cair 4,01% e atingiram o nível mais baixo desde 9 de Setembro.

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Esta reacção negativa dos títulos acontece no dia em que a Galp Energia está a apresentar aos investidores, em Londres, a actualização no seu plano estratégico, que contém novas metas de resultados e de dividendos.

 

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A empresa também anunciou os resultados de 2017, com os lucros a subirem 25% para 602 milhões de euros, em linha com as estimativas dos analistas. Contudo, o EBITDA no quarto trimestre situou-se nos 489 milhões de euros, o que ficou abaixo das estimativas mais reduzidas entre os analistas sondados pela Bloomberg.

 

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Galp sofre maior queda em nove meses após novas metas

Capex desilude

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Na apresentação aos investidores, a Galp anunciou um aumento de 10% no dividendo, para 55 cêntimos por acção.

Anunciou também que este ano o EBITDA deverá situar-se entre 1,8 e 1,9 mil milhões de euros, o que corresponde a uma estabilização face ao valor atingido no ano passado: 1.869 milhões de euros.

 

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A Galp anunciou também que, em 2018, o investimento operacional ("capex") estará compreendido entre os mil milhões e os 1,1 mil milhões de euros, sendo que em média, no período 2018-2020, o investimento anual rondará os mil milhões de euros. Em 2017, o capex ascendeu a mil milhões de euros.

 

Este indicador decepcionou os analistas do BPI, que esperavam uma revisão em baixa do "guidance" para o investimento devido aos ganhos de eficiência alcançados no Brasil, apontando para valores na ordem dos 800 milhões de euros.

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"Apesar de a Galp ter revisto em alta os dividendos de 2018, em linha com forte capacidade de gerar um forte ‘cash flow’, estamos decepcionados com o 'guidance' para o capex. Por outro lado, os futuros do petróleo parecem sugerir que o potencial de subida da cotação é limitado até ao final do ano", refere o BPI, que decidiu manter a recomendação da cotada em "neutral", com um preço-alvo de 15,80 euros.

 

Acrescenta que os resultados do quarto trimestre e a apresentação aos investidores não deverá representar uma alteração significativa às suas estimativas para a Galp.  

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Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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