Pharol recua com saída do BCP. Banco ganha terreno
A Pharol, que deixou hoje de ter o Banco Comercial Português como accionista de referência, perdeu hoje terreno em bolsa. Já o banco presidido por Nuno Amado valorizou no dia em que vendeu essa participação na empresa portuguesa.
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As acções da empresa liderada por Luís Palha da Silva (na foto) recuaram 1,18% para valer 25,2 cêntimos. Foi a primeira queda após dois dias em alta. Foram transaccionados 5 milhões de títulos esta terça-feira, abaixo da média diária, nos últimos seis meses, de 6,3 milhões. A descida da Pharol em Lisboa ocorre apesar de a sua participada Oi estar a ganhar 4% em São Paulo.
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Já o BCP ganhou. A instituição financeira liderada por Nuno Amado somou 2,35% para 21,8 cêntimos, uma valorização que se segue a duas sessões seguidas a perder terreno. O volume esteve em linha com a média de 66 milhões de títulos transaccionados por sessão, nesta terça-feira em que se financiou em mil milhões de euros através de obrigações hipotecárias a cinco anos. O índice PSI-20 avançou 0,7%.
Uma posição ganha com execução de crédito
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A Pharol, antiga PT SGPS, foi hoje alvo de um comunicado que a liga ao BCP: a participação que o banco detinha na companhia foi alienada. A posição do BCP tinha sido construída em Agosto de 2015 e surgiu devido à execução de garantias dadas pela Ongoing em créditos que tinham sido concedidos pelo banco. Nessa altura, a participação de 6,17% da Pharol estava avaliada, a preços de mercado, em 15,3 milhões de euros. Esta terça-feira, tendo em conta a cotação actual, uma posição de 6,17% vale 13,9 milhões de euros.
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Este mês, segundo o jornal Público, o BCP aceitou receber 56,5 dos 282,7 milhões a que tinha direito no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Insight Strategic Investments, uma das poucas empresas que ainda existem do universo Ongoing, e que chegou a ter a posição na antiga Portugal Telecom.
A decisão do BCP de vender a posição na Pharol surge numa altura em que os títulos da antiga PT estão sob pressão. A empresa liderada por Palha da Silva detém 22,24% da brasileira Oi, que está em processo de recuperação e que tem sido penalizada pela instabilidade política que se vive no país e que tem tido reflexos nos activos brasileiros.
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Além disso, o processo de insolvência da ESI e da Rioforte foi estendida, com as reclamações de crédito a poderem ser feitas até ao final de Setembro deste ano – a Pharol pede a devolução dos 897 milhões de euros investidos na Rioforte, do antigo Grupo Espírito Santo, mas só espera receber menos de 90 milhões aí colocados.
Não se sabe quem foi o comprador da posição vendida pelo BCP na Pharol. A brasileira Oi é a principal accionista da Pharol, com 10% do capital, seguida do Novo Banco, cuja participação ascende a 9,56%.
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