Powell alimenta falcão e Wall Street cai. Tesla em mínimos de dois anos
Wall Street fechou a sessão desta quarta-feira no vermelho. O facto de a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter afastado uma subida jumbo da taxa dos fundos federais, optando por um aumento de 50 pontos base, não foi suficiente para segurar os três principais índices na maré de otimismo vivida esta terça-feira.
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O industrial Dow Jones caíu 0,42% para 33.965,69 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 desvalorizou 0,61% para 3.995,26 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,76% para 11.170,89 pontos.
O banco central norte-americano aumentou a taxa de juro de referência em 50 pontos base e assegurou que vai dar continuidade à redução de dívida detida no balanço.
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Além desta decisão, a Fed reviu em alta as projeções da inflação e do PIB.
Estimou também o pico da taxa dos fundos federais, que deve atingir os 5,1% no próximo ano, acima dos 4,6% estimados anteriormente. A par deste chamado "dot plot", o fim da negociação foi marcado por um aviso de Powell, para quem as expectativas de mercado relativas à inflação e o próprio abrandamento dos preços em outubro e novembro não são ainda suficientes para recuar na política monetária restritiva.
Powell continua a antecipar a necessidade de "novos aumentos" das taxas de juro e advertiu que a política monetária ainda não entrou num nível "suficientemente restritivo".
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Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se as ações da Tesla. Os fabricante de veículos elétricos deslizaram 2,58%, tendo chegado a renovar mínimos de dois anos durante o dia, em reação às duras críticas de seguidores de Musk devido ao seu foco na gestão do Twitter em detrimento da Tesla.
Até KoGuan Leo, o terceiro maior acionista individual da Tesla e autointitulado na rede social como "fanboy", publicou um tweet em que considera que "Elon abandonou a Tesla, a Tesla não tem um CEO".
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