Wall Street sofre maior queda dos últimos dois meses
O Dow Jones fechou a ceder 1,77%, para 25.505,32 pontos, e o Standard & Poor’s 500 recuou 1,90% para 2.800,71 pontos.
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O S&P 500 registou assim a sua maior queda em dois meses, com o setor financeiro e das matérias-primas entre os que mais pesaram.
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Já o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 2,50%, para 7.642,67 pontos.
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Os principais índices de Wall Street fecharam a sessão desta sexta-feira em queda, penalizados sobretudo pelos receios de abrandamento económico mundial – hoje intensificados na Europa pelos sinais de contração em França e de uma travagem na Alemanha, e também nos EUA [com uma leitura mais fraca do que o esperado da atividade industrial norte-americana em março, medida pela Markit].
Neste contexto, a curva de rendimentos dos títulos de dívida dos Estados Unidos está a dar um sinal preocupante sobre a evolução da maior economia do mundo, com a taxa dos títulos de dívida pública a 3 meses já acima da "yield" das obrigações a 10 anos.
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Numa altura em que a economia global está a reforçar os sinais de travagem brusca, os investidores temem que a economia norte-americana esteja mais próxima de entrar em recessão. Daí estarem a refugiar-se nos títulos de dívida de longo prazo, em detrimento das maturidades curtas.
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Não é só nos Estados Unidos que o mercado de dívida está a mostrar um receio crescente dos investidores com a saúde da economia global. Os juros da Alemanha a 10 anos já estão em terreno negativo, o que já não acontecia desde outubro de 2016.
A preocupação em torno do ritmo de crescimento a nível mundial faz crescer os receios de uma menor procura de metais industriais e de combustível, o que levou "commodities" como o cobre e o petróleo a perderem terreno – mas não todas, já que o ouro reforçou o seu estatuto de valor-refúgio e registou a melhor semana desde inícios de fevereiro.
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A queda superior a 2% das cotações do petróleo, tanto em Nova Iorque como em Londres, pressionou os títulos da energia e os investidores procuraram refúgio sobretudo nas "utilities" (água, luz e gás) - que foram a única categoria no verde.
A Nike afundou mais de 6% depois de reportar vendas na América do Norte que ficaram aquém do esperado.
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Também a Boeing continuou a perder terreno, com a construtora aeronáutica a continuar a ser afetada pela suspensão de encomendas dos seus modelos Max dos aviões 737.
A Tesla destacou-se igualmente pela negativa, com a fabricante de veículos elétricos a recuar mais de 3% depois de uma nota de research da Cohen a dizer que estima uma fraca procura pelo Model 3 nos EUA até ao lançamento do modelo de mais baixo preço no segundo trimestre.
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