Os principais índices norte-americanos fecharam a sessão com ganhos em toda a linha, com uma renovada aposta dos investidores nas “big tech” a impulsionar o apetite pelo risco.

O “benchmark” S&P 500 subiu 0,64%, para os 6.878,49 pontos. Já o Nasdaq Composite pulou 0,52%, para os 23.428,83 pontos. O Dow Jones, por sua vez, valorizou 0,47% para os 48.362,68.

A semana que agora se inicia e que contará com menos sessões do que o habitual devido à paragem para o Natal, viu os índices apagarem as perdas de dezembro, com o S&P 500 a caminho do oitavo mês consecutivo de valorizações - a confirmar-se, será a maior sequência de ganhos mensais para o “benchmark” desde 2018.

Apesar da recente volatilidade registada devido a preocupações com as elevadas avaliações de cotadas ligadas à área da inteligência artificial, as tecnológicas acabaram por ser as grandes responsáveis pela subida dos índices, numa altura em que se começa a pintar um cenário mais favorável para o “rally do pai Natal”.

Com o renovado apetite pelo risco, apostas de que a reserva Federal (Fed) irá voltar a flexibilizar os juros na sua reunião de janeiro também acabaram por impulsionar o sentimento dos investidores. Nesta linha, o governador da Fed Stephen Miran disse à Bloomberg que o banco central corre o risco de provocar uma recessão, a menos que continue a baixar as taxas no próximo ano.

“Os dados económicos começarão a ser divulgados amanhã, mas, por enquanto, os ‘traders’ estão a seguir a tendência geral entre os investidores de que há poucos obstáculos para que ocorra uma recuperação no Natal”, disse à Bloomberg Jose Torres, da Interactive Brokers. Na véspera da divulgação de importantes dados económicos, a agência de notícias financeiras estima que a economia norte-americana terá crescido mais de 3% no terceiro trimestre deste ano.

Entre os movimentos do mercado, a Oracle fechou o dia com uma valorização superior a 3%, depois de se ter sabido no final da semana passada que a ByteDance, empresa chinesa que detém o TikTok, chegou a um acordo, que deverá estar formalizado até 22 de janeiro, para vender as suas operações nos Estados Unidos a uma "holding" liderada por investidores norte-americanos – onde se inclui a Oracle. Já a Microstrategy recuou 0,34%, depois de o Citigroup ter cortado o “target price” da cotada em mais de cem dólares nesta segunda-feira.

Quanto às "big tech”, a Nvidia subiu 1,49%, a Meta avançou 0,41%, a Apple cedeu 1,04%, a Alphabet ganhou 0,85%, a Amazon valorizou 0,48% e a Microsoft deslizou 0,25%.