"Short sellers" reforçam ataque ao BCP. Já têm 1,61% do capital do banco
A BlackRock Advisors e a Marshall Wace aumentaram as suas posições a descoberto no único banco português cotado em bolsa. Ao todo, os "short sellers" já têm mais de 183 milhões de euros do capital do BCP.

As grandes valorizações do BCP nos últimos anos têm atraído cada vez mais investidores para o único banco português cotado em bolsa. A instituição financeira liderada por Miguel Maya já cresceu mais de 64% este ano, mas, à medida que cresce o interesse dos "traders" no banco, também tem subido o número de "fundos abrute" que aposta na queda do BCP.
Ao todo, 1,61% do capital da instituição financeira já está nas mãos de "short sellers" - um valor que corresponde a cerca de 183,72 milhões de euros da sua capitalização bolsista. É o valor mais significativo entre as cotadas do PSI, apesar de a Mota-Engil até ter uma maior percentagem de capital a ser alvo de posições a descoberto (1,66%). Esta segunda-feira, foi a vez da BlackRock Advisors e da Marshall Wace de reforçarem a sua aposta contra o BCP.
Numa ação realizada no arranque da semana e comunicada ao mercado na terça-feira, a BlackRock Advisors aumentou a sua posição a descoberto no banco português de 0,51% para 0,6%. No mesmo dia, a Marshall Wace também decidiu avançar mais um pouco contra o BCP, embora de forma menos acentuada, passando a deter uma posição a descoberto na instituição financeira de 0,51% - contra os 0,5% anteriores.
Já a posição da BlackRock Financial Management mantém-se inalterada desde dia 17 de outubro, nos 0,5% do capital
As maiores apostas dos "short sellers" na desvalorização dos títulos do BCP acontecem depois do banco ter chegado, este ano, a negociar em máximos de 2014. A instituição financeira encerrou a última sessão a ceder 0,29% para 0,755 euros e tem a divulgação dos resultados do terceiro trimestre marcada para 29 de outubro.
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