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"Sprint" final dá fecho em alta a Wall Street. Nvidia e Meta animam negociação

A política comercial de Donald Trump continua aos "ziguezagues" e está a deixar os investidores incertos. Apesar do Dow Jones ter negociado grande parte da sessão no vermelho, conseguiu recuperar ao último minuto.

Trump tarifas Wall Street NYSE
Trump tarifas Wall Street NYSE
Negócios 02 de Junho de 2025 às 21:27

Os principais índices norte-americanos encerraram a primeira sessão de junho em alta, num dia em que o clima de incerteza dominou e os investidores continuam pessismistas em relação ao futuro económico dos EUA, agora que Donald Trump voltou à carga com uma nova leva de tarifas. 

O S&P 500 valorizou 0,41% para 5.935,94 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite subiu 0,67% para 19.242,61 pontos, beneficiando dos ganhos da Nvidia e Meta Plataforms - a dona do Facebook e Instagram. Por sua vez, o industrial Dow Jones conseguiu terminar a sessão à tona, apesar de ter negociado grande parte do dia no vermelho, aproveitando o "sprint" final para avançar 0,08% para 42.305,48 pontos. 

Em foco esteve o anúncio do Presidente dos EUA, que pretende . Apesar de o aumento de 25% para 50% nas taxas aduaneiras até ter levado o setor a disparar em bolsa, com a Cleveland-Cliffs a crescer quase 20% e a Steel Dynamics a valorizar 9%, o reforço da política protecionista acabou por ter um efeito perverso noutras indústrias, nomeadamente a automóvel. A Ford perdeu 5,65% e a General Motors caiu 3,87%, com os investidores a anteciparam mais tarifas no horizonte. 

Já as "sete magníficas" dividiram-se entre ganhos e perdas, com a Alphabet a registar a maior desvalorização (1,58%) e a Tesla a ceder 1,09%, depois de ter registado . Por sua vez, a Nvidia e a Meta animaram o setor tecnológico, ao crescerem 1,67% e 3,62%, respetivamente.  

"A incerteza continua a reinar", declara Sam Stovall, diretor de investimentos da CFRA Research, à Reuters. "Não sabemos se a guerra comercial continua ou não. Novas tarifas são adicionadas, outras são retiradas - a incerteza continua presente", completa a analista, depois de a Administração Trump ter dado até quarta-feira para todos os parceiros comerciais dos EUA apresentarem as suas melhores propostas de negociação.

O sentimento foi ainda penalizado por novos dados económicos, que apontam para uma atividade industrial nos EUA em clara desaceleração. Maio representou o terceiro mês consecutivo de contração para este indicador, numa altura em que a Europa regista uma estabilização. Neste contexto, os investidores continuam à espera de um novo corte nas taxas de juro para dar ânimo à economia, embora a Reserva Federal (Fed) norte-americana continua a mostrar grande cautela em relação aos próximos passos a tomar. 

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