Wall Street fecha dividida com atenções viradas para a Fed
Os principais índices fecharam em terreno misto, depois de os investidores terem digerido as palavras do presidente da Fed, que não tem pressa para descer as taxas diretoras. Powell referiu que a economia dos EUA se mantém saudável.
Wall Street fechou a sessão desta terça-feira dividida. Durante o dia, os investidores seguiram atentamente as palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que reiterou que o decisor de política monetária não tem pressa para descer as taxas diretoras.
O S&P 500 avançou 0,03% para os 6.068,50 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cedeu 0,36% para 19.643,86 pontos. Já o Dow Jones ganhou 0,28% para 44.593,65 pontos.
Na véspera de serem conhecidos importantes dados da inflação nos EUA, Powell sinalizou que o banco central será paciente no que toca à flexibilização da política monetária, já que a maior economia mundial continua a dar sinais de que se mantém de boa saúde. "A economia está forte, de um modo geral, e nos últimos dois anos houve progressos substanciais face aos nossos objetivos", disse Powell.
"Recentes dados sobre a inflação, juntamente com um forte mercado de trabalho, permitirão paciência da parte da Reserva Federal, que provavelmente manterá a política monetária no seu intervalo-alvo de 4,25%-4,50% em março", disse à Bloomberg Josh Hirt da Vanguard.
Um dia depois de as tarifas norte-americanas de 25% sobre as importações de aço e alumínio se terem materializado, o presidente da Fed referiu que não é sensato especular sobre a política tarifária nesta altura. "Não cabe à Fed fazer comentários sobre a política de tarifas. É algo que compete às pessoas eleitas e não a nós", disse.
Powell deverá ainda testemunhar perante o Comité de Serviços Financeiros do Senado esta quarta-feira. Para além disso, os investidores estarão atentos à divulgação de importantes dados económicos do lado de lá do Atlântico. Entre eles, a taxa de inflação homóloga e corrente, assim como o índice de preços no consumidor.
Entre os movimentos de mercado, destaque para a Coca-Cola que fechou o dia a valorizar mais de 4%, depois dos lucros da empresa terem ficado acima das expectativas dos analistas. Por outro lado, a seguradora de saúde norte-americana Humana cedeu 3,55%, já que a empresa espera que as adesões ao Medicare Advantage, o seu maior negócio, diminuam em 2025.
Entre as "big tech", a Nvidia perdeu 0,58%, a Apple saltou 2,18%, a Microsoft caiu 0,19%, a Alphabet desvalorizou 0,60%, a Amazon deslizou de 0,16% e a Meta ganhou 0,33%.
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