Petrolíferas arrastam bolsas europeias
As principais praças europeias encerram em forte queda, pressionadas pelas companhias petrolíferas, depois da Shell ter anunciado que os seus lucros do último trimestre caíram 4%, mesmo com os preços da matéria-prima a negociar em máximos. O Dow Jones Sto
As principais praças europeias encerram em forte queda, pressionadas pelas companhias petrolíferas, depois da Shell ter anunciado que os seus lucros do último trimestre caíram 4%, mesmo com os preços da matéria-prima a negociar em máximos. O Dow Jones Stoxx 50 recuou 1,26% para os 3.431,03 pontos, numa sessão em que o sector das telecomunicações também contribuíram para a queda dos índices.
A petrolífera Shell, a terceira maior do mundo, anunciou hoje que os lucros dos últimos três meses de 2005 recuaram em 4% para os 4,4 mil milhões de dólares, «um aviso de que estas empresas não estão a retirar o máximo proveito dos preços recorde do petróloe», segundo afirmações do analista Hector Rebello à agência Bloomberg.
Os resultados da Shell e a queda do preço do barril de petróleo, que seguia a negociar nos 65,55 dólares em Nova Iorque [cl1], a cair 1,52%, e do «brent» [co1], que desvalorizava 2,05% para os 63,70 dólares, arrastaram as praças europeias para quedas de mais de 1%, a recuar dos máximos quatro anos e meio atingidos no início da sessão.
A Shell caiu 2,63% para os 27,39 euros no índice de Amesterdão. A queda da petrolífera levou o AEX [aex] para os 450,41 pontos, com uma desvalorização de 1,16%, numa sessão em que a Philips também pressionou a praça, ao ceder 2,25%.
A petrolífera é também cotada no FTSE [ukx], onde depreciou 2,67% para os 1860 pence. Seguindo a tendência da Shell, a BP recuou 2,965 para os 655,5 pence, levando o índice londrino a cair 1,01% para os 5.743 pontos. A AstraZeneca, que anunciou prever um abrandamento nos lucros deste ano, fechou a desvalorizar 3,69% para os 2633 pence.
A Total cedeu 2,81% para os 221,7 euros, levando o CAC [cac] a registar uma queda de 1,43% para os 4.927,89 pontos. A pressionar estiveram também os títulos da France Télécom que recuaram 3,06% para os 18,07 euros, liderando as perdas no sector europeu das telecomunicações, que cedeu 1,42%.
No DAX [dax], a Siemens liderou as descidas ao recuar 2,18%. O índice alemão caiu 1,40% para os 5.646,35 pontos, pressionado pela desvalorização de 2,49% do Deutsche Bank que anunciou lucros em linha com o esperado pelos analistas.
O IBEX [ibex] registou uma queda menos acentuada, de 0,76% para os 11.136 pontos. Entre as principais desvalorizações no índice estiveram o Santander (1,60%) e o BBVA (1,55%), acompanhadas pela queda de 1,37% da Repsol e de 1,355 da Telefónica. A contrariar a tendência estiveram as acções da Endesa, que avançaram 1,60% para os 24,81 euros.
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