A semana em oito gráficos: apetite pelo risco abre-se com estímulos da China

Ações a valorizarem e “yields” das dívidas a aliviarem no fecho de agosto, um mês tipicamente de menor volume de negociação. Os estímulos económicos de Pequim marcaram a semana, enquanto os investidores tentaram antecipar os próximos passos dos bancos centrais.

China e EUA puxam por bolsas globais

As bolsas globais avançaram, impulsionadas por Pequim que anunciou um novo pacote de medidas de estímulo à economia e, na sexta-feira, pelos dados do emprego nos EUA que mostraram que os postos de trabalho aumentaram, mas o crescimento dos salários abrandou.

Família EDP trava português PSI

O PSI terminou a semana a ganhar quase 1% até aos 6.182,07 pontos. O índice nacional foi, no entanto, dos que menos cresceu entre os pares europeus, tendo mesmo terminado as sessões de quarta-feira e quinta-feira no vermelho devido à pressão do grupo EDP.

Mota-Engil brilha com nova estratégia

A Mota-Engil voltou a brilhar, terminando a semana com um ganho de 12,24%. A impulsionar as ações da construtora estiveram os bons resultados do segundo semestre e a revisão do plano estratégico. A subida do preço-alvo por parte pela JB Capital também ajudou.

Embracer sobe ao fechar Volition

O Embracer Group liderou os ganhos semanais no Stoxx 600. O maior impulso aconteceu na sexta-feira, quando avançou 5,72%, depois de ter revelado que vai fechar o estúdio de jogos Volition com efeito imediato, como parte do seu plano de reestruturação.

Armazenamento dá ganhos à WDC

A Western Digital Corp. (WDC) disparou 6% quinta-feira quando o Morgan Stanley reiterou a recomendação de sobreponderação das ações da tecnológica nas carteiras devido à forte procura por um tipo de armazenamento. No saldo semanal foi a que mais subiu no S&P 500.

Libra e euro recuperam face ao dólar

O discurso “hawkish” do presidente da Fed, Jerome Powell, tinha vindo a dar força ao dólar. Com o reforço de expectativas de que terá de refrear a estratégia, o euro e a libra recuperaram agora algum terreno face à divisa norte-americana. Contra o iene japonês ainda foi o dólar a valorizar.

China e Rússia impulsionam petróleo

Os preços do petróleo foram impulsionados por cortes de produção, em particular da Arábia Saudita e da Rússia, numa época em que a procura costuma também ser mais elevada. Este “rally” contou ainda com as medidas aprovadas na China para estimular a economia.

Travão de bancos centrais alivia “yields”

As “yields” das Bunds alemãs e das Treasuries norte-americanas a dez anos aliviaram com a expectativa de que os bancos centrais tanto da Zona Euro como dos Estados Unidos estejam próximos do fim do ciclo de subidas nos juros de referência. Portugal ficou ligeiramente acima da linha de água.