Os futuros do Standard & Poors e do Nasdaq antecipam uma abertura em ligeira queda hoje. A expectativa está nos resultados dos “testes de stress” dos bancos. Bancos que, na Europa, continuam a subir: HSBC e BNP continuam a valorizar.

Segundo os dados das 9:30, os futuros do índice Standard & Poors 500 cotavam com uma queda de 0,51%, enquanto os do Nasdaq transaccionavam 0,44% abaixo da véspera. Tal sinaliza uma abertura destas bolsas norte-americanas (às 14:30 portuguesas) em ligeira queda.

A pressionar o sentimento dos investidores estão os chamados “testes de stress” aos balanços dos bancos norte-americanos, cujos resultados serão revelados amanhã, quinta-feira, identificando quer os bancos que precisam de mais aumentos de capital, quer quantificando essas necessidades.

Enquanto os resultados desses “testes de stress” não forem públicos, dizem os analistas, os mercados continuarão nervosos. Ainda ontem, o presidente do banco central norte-americano, Ben Bernanke, dizia que embora aquela economia possa sair da recessão ainda este ano, há reservas sobre a situação financeira dos bancos que podem alterar esse cenário. Segundo Paul Miller, analista da FBR Capital Markets, o JPMorgan deverá ser o único entre os 12 maiores bancos comerciais alvo dos "stress tests" que não deverá necessitar de fundos adicionais.

O Bank of America, por exemplo, pode vir a precisar de 34 mil milhões de dólares, contabilizava ontem a Bloomberg. Na Europa, há também quem defenda a realização de “testes de stress” aos bancos, incluindo o ministro das Finanças finlandês, Jyrki Katainen. Enquanto isso não é debatido, os bancos continuam a valorizar em Bolsa, como é esta manhã o caso do HSBC (mais 4,2%) e do BNP Paribas (mais 2,5%).

Também em Espanha estão a subir o Santander(4,7%), o BBVA (mais 1,1%) e o Sabadell (mais 1,05%). A coqueluche ibérica é todavia o BES, que já esteve a subir esta manhã mais de 7%, depois da apresentação ontem dos resultados do primeiro trimestre, acima das expectativas dos analistas. BCP e BPI apanham a boleia, valorizando 2,33% o primeiro e 2,97% o segundo. O Banif, de menor dimensão, também escala 2,59%.