CMVM ameaça suspender direitos de voto na Benfica SAD
A supervisora do mercado de capitais está a investigar a estrutura acionista da Benfica SAD. Suspeita de acordos de transmissão de ações e não divulgação das participações corretas. Por isso, ameaça recorrer à suspensão dos direitos de voto na sociedade aos acionistas em causa.
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A CMVM tem corrido todos os acionistas da Benfica SAD para verificar eventuais acordos para transmissões de participações. E ameaça já com suspensões dos direitos de voto. Por outro lado, admite avançar com medidas extraordinárias por causa da emissão obrigacionista que a sociedade desportiva tem a correr no mercado, ainda que lembre que até dia 16 de julho as ordens dadas nessa operação podem ser revogadas ou alteradas. De qualquer forma, em comunicado, garante que "tem vindo a avaliar possíveis impactos destas circunstâncias nas condições de negociação em mercado e na oferta pública de subscrição de obrigações em curso, com vista à adoção de medidas extraordinárias que possam vir a revelar-se necessárias para proteção dos investidores, sem prejuízo de até ao dia 16 de julho serem revogáveis todas as ordens de subscrição emitidas". Isto face aos indícios de irregularidades diversas que nos últimos dias têm vindo a público, e que levaram à aplicação a Luís Filipe Vieira de prisão domiciliária até que preste uma caução de 3 milhões de euros. Esses indícios, segundo a supervisora, são "suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a composição da sua estrutura acionista".
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