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Divisão de submarinos da Thyssenkrupp dispara na estreia em bolsa

A entrada em bolsa da TKMS faz parte da estratégia do diretor executivo da empresa de defesa alemã Thyssenkrupp para desbloquear o valor de ativos com desempenho abaixo do esperado. Ocorre numa altura em que os investidores têm mostrado apetite por ações do setor.

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submarinos Rui Minderico
20 de Outubro de 2025 às 11:02

A fabricante de submarinos e navios militares ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) estreou-se esta segunda-feira na bolsa de Frankfurt com uma forte valorização, à medida que os investidores mostram um renovado apetite por ações do setor da defesa. A entrada em bolsa chega depois de a “casa-mãe” da cotada, a ThyssenKrupp – que detém a maioria do capital da fabricante de submarinos – ter feito um “spin-off” da sua divisão marítima em bolsa.

As ações da TKMS abriram a sua primeira sessão nos 60 euros por ação, antes de subirem para os 97,89 euros ainda na primeira hora de negociação, com o valor atingido pela cotada a conferir à construtora naval um "market cap" de mais de 6 mil milhões de euros - número que fica bastante acima de estimativas de analistas citados pela Bloomberg, que avaliaram a empresa entre 2,7 mil milhões de euros e 4 mil milhões. A esta hora (10:45h), as ações da empresa já perderam algum terreno, mas negoceiam ainda em alta, com uma valorização de mais de 40% e cada ação a valer mais de 84 euros.

A estreia estrondosa da construtora de navios de guerra ocorre numa altura em que os investidores têm mostrado um apetite elevado por ações do setor da defesa, à medida que a União Europeia e também a NATO avançam com planos para aumentar os gastos em defesa.

A entrada em bolsa da TKMS faz parte da estratégia do diretor executivo da Thyssenkrupp, Miguel Lopez, para desbloquear o valor de ativos com desempenho abaixo do esperado, de acordo com a agência de notícias financeiras. A "casa-mãe” mantém uma participação de 51% na TKMS, com esta percentagem a permitir à ThyssenKrupp manter o controlo da TKMS, ao mesmo tempo que "liberta" o capital de uma unidade que tem vindo a perder terreno para as suas principais concorrentes.

A empresa divulgou que a carteira de encomendas da TKMS ascende já a mais de 18 mil milhões de euros. Devido ao "spin-off", os acionistas do conglomerado receberam uma ação da TKMS por cada 20 detidas na empresa-mãe.

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