São conhecidos os dados do mercado laboral norte-americano relativos a agosto, incluindo a criação de postos de trabalho fora do setor agrícola e a taxa de desemprego. O relatório assume particular importância numa fase em que a Reserva Federal está sob pressão para cortar juros já em setembro. Uma leitura fraca poderá reforçar a expectativa de flexibilização da política monetária, enquanto um resultado acima do esperado poderá levar os investidores a rever as apostas sobre o calendário de descidas. Os dados de julho confirmaram a criação de 73 mil empregos, contudo, a revisão dos dados de maio e de junho notaram o desaparecimento de 258 mil empregos, que fez soar os alarmes sobre a robustez do mercado laboral norte-americano. 

O Eurostat divulga os dados completos do PIB e do emprego da Zona Euro no segundo trimestre, depois da estimativa preliminar ter apontado para um crescimento modesto de 0,1% face ao trimestre anterior. A desaceleração face ao arranque do ano confirma as dificuldades da economia europeia em manter o ritmo da retoma, num contexto de abrandamento da procura externa e de incertezas políticas em vários estados-membros. Os investidores estarão atentos para perceber se a perda de dinamismo se reflete também no mercado laboral, elemento central para a leitura da política monetária do BCE.

São conhecidos os dados da balança comercial francesa relativos a julho, em pleno período de instabilidade política que tem pressionado os mercados e a confiança dos investidores. A economia francesa tem registado défices persistentes, penalizada pela fraqueza das exportações industriais e pela dependência energética, o que já motivou alertas sobre a sua competitividade. A divulgação acontece num momento sensível, em que os sinais do comércio externo poderão influenciar a perceção sobre a resiliência da economia perante a instabilidade política interna.

O Gabinete Nacional de Estatísticas do Reino Unido divulga os dados das vendas no retalho referentes a julho, que tinham sido adiados devido a falhas na recolha estatística. Os números chegam numa altura em que o consumo interno é visto como fator determinante para a recuperação da economia britânica, sobretudo após sucessivas revisões em baixa do crescimento do PIB. Os investidores vão avaliar se a evolução das vendas confirma um maior dinamismo da procura interna, essencial para sustentar a trajetória de retoma. Recorde-se que, em junho, as vendas no retalho britânicas afundaram, depois de quatro meses sucessivos de crescimento. 

Esta sexta-feira são divulgados os números das plataformas de petróleo e gás dos EUA recolhidos pela Baker Hughes, antes da reunião de oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados (OPEP+) no domingo, dia 7, que vai ditar os níveis da produção de outubro. No início da semana, a maioria dos analistas apontava para que este grupo de produtores não revertesse os cortes voluntários da oferta definidos num acordo que ainda está em vigor.