Miranda Sarmento recorda sistema financeiro "interconectado" no aniversário da queda do Lehman Brothers
O ministro das Finanças relembrou que a história portuguesa e internacional recente dão "lições sérias" sobre o risco de falhas éticas.
- 2
- ...
No dia que marca a queda do Lehman Brothers, o banco norte-americano que deu origem à crise financeira de 2009, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento recordou que "o sistema financeiro está profundamente interligado e uma falha numa parte pode rapidamente espalhar-se além-fronteiras". O responsável pela pasta das Finanças falou na primeira conferência de sempre do Conselho Internacional de Normas Éticas para Contabilistas (IESBA, na sigla em inglês), liderado pela portuguesa Gabriela Figueiredo Dias, sobre ética e independência.
Joaquim Miranda Sarmento recordou que a história internacional e portuguesa dá "lições sérias" sobre o custo de falhas éticas. "O colapso da Enron e do Lehman Brothers mostrou como relatórios distorcidos e auditorias fracas podem ter consequências devastadoras", relembrou, acrescentando que "Portugal também enfrentou os seus próprios episódios com instituições bancárias nacionais".
Numa conferência sobre ética e independência, o ministro das Finanças focou-se na "confiança", o ativo "mais valioso" e que "custa a restaurar". Miranda Sarmento referiu ainda a parte mais evidente da "dimensão ética" na área dos impostos. "São os profissionais que garantem que as empresas respeitam o quadro jurídico, que as receitas e despesas são registadas corretamente e que as obrigações fiscais são cumpridas em tempo útil e no valor correto", disse.
No entanto, o responsável salientou que a responsabilidade ética não cabe apenas aos contabilistas e aos auditores, mas que é antes partilhada entre "bancos, seguradoras gestoras de ativos e reguladores".
Mais lidas