Milho dispara com corte de estimativas para a produção nos EUA e aumento do consumo chinês
As cotações do milho atingiram o limite de subida diária no Mercado de Chicago, depois de o departamento norte-americano da Agricultura (USDA) ter revisto em baixa as estimativas para as colheitas deste cereal no país na campanha de 2020-21.
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O USDA estima o rendimento das colheitas de milho em 172 alqueires por acre (0,404 hectares), bastante abaixo da projeção média de 175 alqueires.
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Além disso, o USDA antevê menos reservas de milho a nível mundial devido à crescente procura por parte da China.
Segundo o relatório WASDE – relatório mensal publicado pelo USDA, com uma previsão abrangente da oferta e procura das principais culturas agrícolas e gado – a China deverá importar 17,5 milhões de toneladas de milho, mais um milhão do que apontavam as projeções de dezembro.
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Com estes dados, o milho disparou 5,1% para 5,1725 dólares por alqueire, tendo excedido a subida máxima de 25 cêntimos de dólar por alqueire permitida na bolsa de mercadorias de Chicago.
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Desde maio de 2014 que os preços do milho não negociavam no patamar dos 5 dólares e "o rally atual é semelhante às situações de 2007-2008 e 2010-2011", sublinha a XTB.
"A queda dos rendimentos das colheitas já era esperada, mas [a sua confirmação] dá mais ‘sumo’ aos mercados", comentou à Bloomberg um operador da Paragon Global Markets, Michael McDougall.
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Milho com maior série de ganhos em 33 anos no final de 2020
Na reta final do ano de 2020, o milho registou a mais longa escalada dos últimos 33 anos, animado pela maior procura por parte da China e pelas condições meteorológicas adversas [o fenómeno climatérico La Niña] em regiões chave de plantação deste cereal na América do Sul.
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Em Chicago, os preços do cereal fecharam o ano em máximos de 18 meses e estabeleceram o maior ganho anual da última década. No acumulado do ano, o milho escalou 16,6%.
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Na sessão de 31 de dezembro, os futuros para entrega em março subiram para 4,79 dólares por alqueire – o preço mais elevado desde junho de 2019. Tratou-se da 14.ª sessão consecutiva no verde, naquele que foi o mais longo ‘rally’ desde setembro de 1987.
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