Europa ganha terreno com mira nos EUA. Ouro sobe, petróleo recua e juros aliviam
Petróleo recua e gás sobe com Comissão Europeia perto de abandonar tecto no preço do gás
Dólar ganha após dois dias de perdas e ouro desliza
Juros agravam com comentário de presidente do Bundesbank
Europa no vermelho. Amesterdão resiste e é a única que ganha
Wall Street de verde em dia de eleições intercalares nos EUA
Ouro valoriza perto de 2%
Receios de recessão e covid na China penalizam petróleo
Euro avança face ao dólar e negoceia acima da paridade
Juros aliviam na Europa
Europa no verde em dia de eleições intercalares nos EUA
- Europa deve abrir na linha de água. Ásia mista, com China negativa
- Petróleo recua e gás sobe com Comissão Europeia perto de abandonar tecto no preço do gás
- Dólar ganha após dois dias de perdas e ouro desliza
- Juros agravam com comentário de presidente do Bundesbank
- Europa no vermelho. Amesterdão resiste e é a única que ganha
- Wall Street de verde em dia de eleições intercalares nos EUA
- Ouro valoriza perto de 2%
- Receios de recessão e covid na China penalizam petróleo
- Euro avança face ao dólar e negoceia acima da paridade
- Juros aliviam na Europa
- Europa no verde em dia de eleições intercalares nos EUA
As principais praças europeias estão a apontar para uma negociação em terreno positivo, embora com ganhos ligeiros, com os futuros sobre o Euro Stoxx 600 a somarem 0,1%.
Os olhos dos investidores estão esta terça-feira nas eleições intercalares nos Estados Unidos, bem como na inflação norte-americana, que deverá ser divulgada esta quinta-feira.
Na Ásia a sessão foi mista, com as ações chinesas a registarem a maior queda depois de um "rally" de dois dias, à medida que o maior número de casos de covid-19 desde abril tem aumentado as preocupações.
De acordo com a Bloomberg, o mercado prevê que um congresso dividido entre democratas e republicanos seria bom para o mercado acionista. "Um impasse anula os 'piores impulsos' dos dois partidos e menos atividade orçamental conduz a uma baixa volatilidade de mercado", escreveu o analista Stephen Innes, analista da SPI Asset Management.
"Isso poderia ser particularmente útil em 2022 e 2023 porque poderia acalmar as taxas de volatilidade", completa.
Na Ásia, pela China, em Jong Kong o Hang Seng desceu 0,46% e Xangai desvalorizou 0,6%. No Japão, o Topix ganhou 1,1% e o Nikkei arrecadou 1,3%. Pela Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,8%.
O petróleo está a desvalorizar ligeiramente, à medida que os investidores vão avaliando o grau de compromisso do maior consumidor de crude do mundo, a China, com a política de covid-zero no país, numa altura em que os casos de covid-19 aumentam.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 0,49% para 91,34 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desliza 0,35% para 97,58 dólares por barril.
O "ouro negro" já perdeu cerca de um quarto do seu valor desde junho, numa altura em que uma desaceleração global, uma política monetária mais restritiva e um dólar mais forte pesam nos preços desta matéria-prima.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar após a Comissão Europeia ter revelado que vai colocar um tecto no preço desta matéria-prima. Em reação, o gás negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu (TTF) sobe 3,9% para 114 euros por megawatt-hora.
O ouro está a negociar com perdas pelo segundo dia consecutivo, numa altura em que os investidores se mantêm atentos à próxima leitura da inflação, esta quinta-feira, nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, depois de dois dias de perdas, o dólar está a valorizar, no dia em que se realizam eleições intercalares, que são geralmente entendidas como um "referendo" à governação do Presidente do país, neste caso Joe Biden, nos primeiros dois anos de mandato.
O metal precioso desce assim 0,4% para 1.668,94 dólares por onça. Ao passo que o dólar soma 0,27% para 1,0008 euros.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – sobe 0,29% para 110,438 pontos.
Os juros da dívida soberana seguem a agravar-se ligeiramente na Zona Euro, com Itália a registar o maior agravamento. Esta terça-feira o presidente do Bundesbank e membro do Banco Central Europeu, Joachim Nagel, reiterou que o BCE deve continuar a subir as taxas de juro, mesmo que isso pese na evolução da economia na região. "Temos de nos assegurar que a inflação termina rapidamente", explicou o responsável. "Por isso continuarei a fazer o que estiver ao meu alcance para garantir que nós, o conselho do BCE, não paramos [a subida das taxas de juro] demasiado cedo e que continuamos o caminho da normalização da política monetária - mesmo que as nossas medidas sufoquem o desenvolvimento económico", completou Nagel. A Já a "yield" da dívida francesa agrava-se 1,9 pontos base para 2,876% e os juros da dívida espanhola avançam 2,3 pontos base para 3,397%. Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam 1,6 pontos base para 3,301%. Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica escalam 3,3 pontos base para 3,662%.
Esta terça-feira o presidente do Bundesbank e membro do Banco Central Europeu, Joachim Nagel, reiterou que o BCE deve continuar a subir as taxas de juro, mesmo que isso pese na evolução da economia na região.
"Temos de nos assegurar que a inflação termina rapidamente", explicou o responsável. "Por isso continuarei a fazer o que estiver ao meu alcance para garantir que nós, o conselho do BCE, não paramos [a subida das taxas de juro] demasiado cedo e que continuamos o caminho da normalização da política monetária - mesmo que as nossas medidas sufoquem o desenvolvimento económico", completou Nagel.
Já a "yield" da dívida francesa agrava-se 1,9 pontos base para 2,876% e os juros da dívida espanhola avançam 2,3 pontos base para 3,397%.
Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam 1,6 pontos base para 3,301%.
Os principais índices da Europa ocidental estão a negociar no vermelho, com os investidores a retraírem-se de ativos de maior risco antes das eleições intercalares nos Estados Unidos, e em antecipação da divulgação da inflação no lado de lá do Atlântico, na quinta-feira.
O índice de referência para o Velho Continente, Stoxx 600, recua 0,18% para 417,57 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o imobiliário, petróleo e gás e automóvel são os que contribuem para as perdas. Do lado dos ganhos a tecnologia e as telecomunicações são as únicas que valorizam. Nas restantes praças europeias, o britânico FTSE 100 desce 0,48%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,47%, o espanhol IBEX perde 0,41%, o italiano FTSEMIB recua 0,38% e o alemão DAX cede 0,12%.
Nas restantes praças europeias, o britânico FTSE 100 desce 0,48%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,47%, o espanhol IBEX perde 0,41%, o italiano FTSEMIB recua 0,38% e o alemão DAX cede 0,12%.
Em Amesterdão, o AEX é o único que valoriza e soma 0,3%.
Em dia de eleições intercalares nos Estados Unidos, entendidas como uma espécie de "referendo" à atuação do Presidente Joe Biden e que define a organização do Senado, Wall Street deverá negociar em terreno positivo.
O "benckmark" S&P 500 avança 0,03% para 3.808,06 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,07% para 10.572,33 pontos e o industrial Dow Jones soma 0,32% para 32.933,47 pontos.
Os investidores vão estar não só atentos ao resultado das eleições desta terça-feira, bem como a uma nova leitura da inflação na quinta-feira, que permitirá compreender o impacto da subidas das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.
O ouro segue a valorizar, depois de durante a manhã ter estado a recuar. O metal precioso estabilizou na linha dos 1.700 dólares por onça, numa altura em que as atenções dos investidores aguardam a divulgação dos dados da inflação nos EUA, na próxima quinta-feira, à procura de pistas sobre o futuro do mercado dos metais.
O ouro sobe 1,97% para 1.708,65 dólares por onça, enquanto a platina pula 1,31% para 998,41 dólares e o paládio avança 0,99% para 1.923,52 dólares. Já o cobre soma 1,97% para 367,45 dólares e a prata 3,22% para 21,47 dólares.
O compromisso da Reserva Federal norte-americana em baixar a inflação para os 2% - através de subidas das taxas de juro - tem pesado nos metais preciosos durante este ano, uma vez que taxas de juro mais elevadas tendem a diminuir o interesse dos investidores pelas 'commodities', uma vez que estas não remuneram juros.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa, pressionados sobretudo pelos receios de recessão mundial e pelo reacender de casos de covid-19 na China.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,14% para 97,78 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,46% para 91,37 dólares por barril.
O o sentimento dos investidores está a ser pressionado pelos riscos de uma recessão global – ao mesmo tempo que a inflação continua a ser um problema.
Também o reacender de casos de covid-19 na China está a penalizar, já que suscita receios de uma diminuição da procura por combustível por parte do maior importador mundial.
O euro segue a valorizar face à nota verde, estando a negociar acima da paridade unitária com a divisa norte-americana. A moeda única europeia sobe 0,47% para 1,0067 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – cede 0,5% para 110,079 pontos, num dia em que decorrem as eleições intercalares nos Estados Unidos. Além do resultado das eleições, que poderão mudar o rumo da política norte-americana, os investidores vão também estar atentos à divulgação dos dados da inflação dos EUA em outubro, na quinta-feira. Os economistas ouvidos pela Bloomberg acreditam que o índice de preços no consumidor terá abrandado para os 7,9% em outubro, face aos 8,2% no passado mês.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro inverteram do agravamento da manhã e encerraram em queda.
Esta terça-feira, Joachim Nagel – presidente do Bundesbank e membro do Banco Central Europeu – reiterou que o BCE deve continuar a subir as taxas de juro, mesmo que isso pese na evolução da economia na região.
Estas declarações levam os investidores a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos encerraram a ceder 6,6 pontos base para 3,219%.
Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" recuaram 9,1 e 6,5 pontos base, para 4,379% e 3,309%, respetivamente.
As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguiram a mesma tendência, a aliviar 6,2 pontos base para 2,276%.
As bolsas europeias encerraram esta terça-feira no verde, numa altura em que os investidores estão focados nas eleições intercalares do outro lado do Atlântico.
O "benchmark" Stoxx 600 subiu 0,78% para 421,61 pontos, fechando o terceiro dia consecutivo de ganhos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da tecnologia e o do retalho foram os que mais subiram: mais de 3% e 2%, respetivamente.
Nos restantes índices europeus, o alemão DAX avançou 1,15%, o francês CAC-40 somou 0,39%, o italiano FTSE MIB subiu 0,86%, o britânico FTSE 100 cresceu 0,08% e, em Amesterdão, o AEX aumentou 1,17%.
Esta semana, na quinta-feira, serão divulgados os dados da inflação de outubro nos Estados Unidos, um indicador a que os investidores vão estar atentos, na esperança de obter pistas sobre qual o futuro da política monetária do país.
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