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Contas da Nvidia pintam bolsas europeias de verde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quinta-feira.
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há 52 min.10h38

Contas da Nvidia pintam bolsas europeias de verde

Christophe Petit Tesson / EPA

As bolsas europeias estão a recuperar de uma queda de cinco sessões e estão a registar avanços significativos, contagiadas pelo otimismo mundial em relação aos investimentos em inteligência artificial (IA), trazido pelos resultados trimestrais da norte-americana Nvidia. 

A tecnológica divulgou resultados que ficaram bem acima das expectativas dos analistas, bem como indicou que a procura pelos seus semicondutores - essenciais para o desenvolvimento de modelos de IA - está mais forte do que nunca, deitando "água na fervura" dos receios do mercado de que pode estar a chegar uma bolha de IA. Além disso, o segmento de centros de dados continua a dominar, representando cerca de 90% da receita da empresa, o que reforça a ideia de que a Nvidia está bem posicionada para beneficiar da expansão da IA.

"Os resultados expressivos não eliminam os receios de uma bolha da IA, mas empurram-nos para baixo da superfície, oferecendo um breve alívio para os mercados", disse Daniela Hathorn, analista da Capital.com, à Reuters.

Neste contexto, o apetite pelo risco está de volta aos mercados. O índice de referência para a Europa, o Stoxx 600 sobe 0,67% para 565,45 pontos, impulsionado pelo setor de tecnologia que avança mais de 1%. 

Quanto aos principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX soma 0,71%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,68%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,70% e o francês CAC-40 sobe 0,69%. Já o britânico FTSE 100 ganha 0,57% e o neerlandês AEX valoriza 0,48%.

A recuperação das empresas europeias que fabricam semicondutores foi ainda mais impulsionada pelas notícias de que os EUA podem adiar a aplicação das tarifas de 100% para as importações de chips, a fim de aliviar as tensões com a China. A Infineon e a ASML sobem mais de 1%. Já a Schneider Electric e a Siemens Energy sobem 1,6% e 4%, respetivamente.

O índice de defesa da Europa soma cerca de 2%, após ter caído quase 3% esta quarta-feira devido a sinais de uma nova investida liderada pelos EUA para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

No setor financeiro, as ações da banca europeia estão entre as empresas que mais valorizam no índice, com subidas de mais de 1,3% cada. 

"Numa altura em que se dá tanta atenção e ênfase ao setor tecnológico, os setores financeiro e bancário têm vindo a ganhar terreno de forma gradual e discreta", afirmou a mesma analista. 


10h04

Juros na Europa agravam-se com investidores a preferirem risco

Os bons resultados da Nvidia abriram o apetite pelo risco dos investidores, que optaram pelas ações em detrimento da dívida. Desta forma, os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se em toda a linha.

A "yield" das "Bunds" alemãs sobem 1,2 pontos-base, para 2,722%, enquanto os juros da dívida francesa avançam 1,6 pontos, até aos 3,475%.

Mais a sul, as subidas são menos expressivas. A rendibilidade da dívida portuguesa a 10 anos sobe 0,6 pontos-base, para 3,047%, enquanto no país vizinho o agravamento é de 0,8 pontos, para 3,215%, e em Itália a "yield" agrava-se 0,9 pontos, para 3,460%.

No Reino Unido, os juros aliviam 0,1 pontos base, para 4,599%.

09h36

Dólar avança com perspetiva de pausa nos cortes dos juros pela Fed

A divisa norte-americana está a ganhar terreno perante as principais divisas depois de as atas da última reunião da Reserva Federal (Fed), divulgadas ontem, terem mostrado que os membros do banco central dos EUA estão divididos quanto a um novo corte nas taxas federais. A falta de consenso e a ausência de dados, nomeadamente da criação de emprego em outubro, devido ao "shutdown" nos Estados Unidos alimentam a convicção do mercado de que os juros na maior economia mundial não sofrerão mais mexidas este ano.

O euro cede 0,16% perante a nota verde, negociando nos 1,1520 dólares. A divisa norte-americana avança igualmente perante a moeda japonesa, valorizando 0,06% para os 157,25 ienes.

A moeda única europeia desliza 0,09% em relação à rival nipónica, para os 181,15 ienes, e cai 0,19% em relação à divisa britânica, para as 0,8818 libras esterlinas.

09h07

Ouro cede com esperanças em novo corte de juros pela Fed a esfumarem-se

Mike Groll/AP

Após dois dias de ganhos, o preço do ouro volta a ceder esta quinta-feira, pressionado pela redução das expectativas de que a Reserva Federal (Fed ) norte-americana decida por um novo corte nas taxas federais em dezembro. 

A divulgação das atas da última reunião mostrou divisões entre os membros da instituição liderada por Jerome Powell e a ausência de dados económicos, como a criação de emprego em outubro, devido ao "shutdown" governamental, fazem crescer a convicção de que não haverá mais mexidas nas taxas de juro este ano.

A onça de ouro no mercado à vista ("spot") recua 0,53%, para 4.056,48 dólares. Também a prata vive um dia negativo, com uma queda de 1,7%, para os 50,4871 dólares por onça.

O "metal amarelo" acumula, ainda assim, uma valorização de mais de 50% desde o início do ano.

08h33

Petróleo sobe com mercado a tentar avaliar impacto de sanções a companhias russas

AP / Eric Gay

Os preços do petróleo negoceiam em alta esta quinta-feira, com os investidores estão a tentar avaliar qual será o real impacto das sanções de Washington às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, que entram em vigor esta sexta-feira.

O West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,67%, para os 59,84 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, avança 0,54%, cotando nos 63,85 dólares por barril.

Os ganhos de hoje surgem depois das fortes quedas da véspera, com os preços do "ouro negro" pressionados pelo aumento nos "stocks" de gasolina e de produtos destilados nos EUA.

Num ano marcado pela volatilidade e pelas crescentes preocupações de um excesso de oferta face à procura - que está a ser penalizada pelo arrefecimento económico global -, os preços do petróleo encaminham-se para um saldo negativo em 2025.

08h00

Ásia respira de alívio à boleia das previsões da Nvidia

AP/Ahn Young-joon

As bolsas asiáticas respiraram de alívio, após cinco sessões em queda, já que as estimativas otimistas da tecnológica Nvidia - a maior cotada do mundo - sobre a inteligência artificial fez acalmar os receios que se espalhavam pelas bolsas mundiais de uma bolha no setor. A empresa entregou ainda previsões robustas de receitas.

 "Alívio é provavelmente a palavra certa", disse Matthew Haupt, gestor de portfólio da Wilson Asset Management, à Bloomberg. "Precisávamos de um travão para a onda de vendas nos mercados de ações, já que o sentimento estava-se a deteriorar, e a empresa entregou um ótimo resultado", acrescentou. 

No Japão, o Nikkei 225 ganhou 2,65% para 49.823,94 pontos e o Topix saltou 1,66% para 3.299,57 pontos. O sul coreano subiu 1,92% para 4.004,85 pontos e, em contraciclo, na China o Shanghai Composite derrapou 0,4% e o Hang Seng, em Hong Kong, estava a subir ligeiros, 0,01%. 

Os investidores vão hoje focar-se na divulgação do relatório da criação de emprego nos EUA relativos a setembro. O mercado praticamente descartou um corte de juros pela Reserva Federal no próximo mês, depois de o Departamento de Estatísticas do Trabalho norte-americano ter anunciado que não vai publicar o relatório de outubro, mas vai incorporá-lo nos dados de novembro, divulgados após a última reunião do banco central deste ano.

A ata da reunião da Fed de outubro mostrou que muitos dirigentes do banco central disseram que provavelmente seria apropriado manter as taxas estáveis. “Não há consenso. Os formuladores agem às cegas, mas essas atas tendem a ser mais agressivas no geral”, disse David Russell, da TradeStation.

Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,9%, num dia que será marcado pela reação dos investidores às contas da Nvidia.

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