Europa cede no último dia de maio mas fixa quarto ganho mensal consecutivo

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Rita Faria 31 de Maio de 2021 às 18:00
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Futuros em queda na Europa

Os futuros das ações europeias estão em queda ligeira esta segunda-feira, apontando para um arranque de semana negativo nas bolsas do Velho Continente, depois de terem sido revelados dados sobre a indústria chinesa, em maio, que ficaram abaixo do esperado e que sugerem que a recuperação da segunda maior economia do mundo poderá ter perdido ímpeto.

Os futuros do Euro Stoxx 50 descem 0,2%, enquanto os do norte-americano S&P 500 sobem 0,1%.

Na sessão asiática, o chinês Shanghai Composite negociou pouco alterado, o Hang Seng de Hong Kong desceu 0,6% e o japonês Topix perdeu 1,3%, devido aos receios sobre um prolongamento do estado de emergência para conter o coronavírus.

Esta segunda-feira, tanto a bolsa de Londres como as bolsas dos Estados Unidos estão encerradas devido à comemoração de feriados.

Ouro a caminho da maior subida mensal desde julho

O ouro começa a semana a valorizar 0,03%, com a onça a negociar nos 1.904,39 dólares. 

Este metal precioso está a caminhar para a maior subida mensal registada desde julho, amparada pelos receios da inflação. O ouro, habitualmente visto como um ativo-refúgio, tem tendência a ser mais procurado em tempos de incerteza. 

Os receios da inflação surgem na expectativa de novos dados sobre o emprego nos Estados unidos, que poderão dar algumas pistas sobre a recuperação económica do país, que é a principal economia mundial. 

"Tem sido um grande mês para o preço do ouro devido a uma série de razões - um dólar norte-americano mais fraco, 'bond yields' ligeiramente mais baixas e uma surpresa nos índices de preços no consumidor nos EUA que iniciaram receios sobre a inflação", indica o analista John Feeney, à agência Bloomberg. "Há também uma preocupação crescente sobre uma nova vaga de covid-19 no sudeste da Ásia, o que está a fazer com que os investidores tenham receio de uma recuperação global mais lenta". 

Euro em ligeira vantagem face ao dólar

O euro, a moeda única da União Europeia, começa a semana com um avanço ligeiro face ao dólar norte-americano. A divisa europeia valoriza 0,03% para os 1,2196 dólares.

Ainda na Europa, a libra esterlina, uma divisa de destaque para o velho continente, recua 0,08% perante o dólar, para os 1,4177 dólares. 

Do outro lado do Atlântico, o dólar aprecia 0,04%. Tanto nos EUA como em Inglaterra os principais mercados vão estar encerrados esta segunda-feira, devido a feriados nacionais. 

Petróleo sobe mais de 1%

O petróleo está a subir mais de 1% nos mercados internacionais, com os investidores focados no encontro da OPEP+ agendado para amanhã, onde o cartel e seus aliados irão decidir se mantêm a decisão de aumentar a produção em julho.

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,31% para 67,20 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 1,30% para 69,63 dólares.

Juros a subir no velho continente

Os juros da dívida soberana na Europa estão a subir no arranque da semana. As yields das bunds alemãs a 10 anos, vistas como a referência para o mercado europeu, sobem 2,4 pontos base, para -0,160%.

Já os juros da dívida portuguesa na mesma maturidade também estão a subir neste início da semana, ao avançarem 2,1 pontos base, para 0,484%, enquanto em Espanha o agravamento é de 2,2 pontos base esta segunda-feira, para os 0,491%.

Esta semana, os investidores vão estar de olhos postos nos dados sobre a inflação, tanto na Zona Euro como no mercado norte-americano. A semana passada foi marcada pelo alívio dos juros depois de uma escalada recente, após os comentários de Christine Lagarde, a líder do Banco Central Europeu (BCE). Lagarde anunciou na semana passada que o BCE não vai alterar as políticas seguidas até aqui.

Bolsas recuam de recordes

As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas esta segunda-feira, com os investidores à procura de catalisadores que dêem uma direção ao mercado, depois dos recordes sucessivos alcançados na semana passada.

Neste arranque de semana o volume de negociação também é mais baixo do que o habitual já que a bolsa de Londres e as praças dos Estados Unidos estão encerradas devido à comemoração de feriados.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, está a descer 0,02% para 448,89 pontos, depois de sete sessões consecutivas de ganhos, que o levaram a bater sucessivos máximos históricos.

Por cá, o PSI-20 recua 0,47% para 5.217,46 pontos, penalizado sobretudo pela Navigator, que perde 5,29% para 2,862 euros, depois de ter revelado na sexta-feira que os seus lucros desceram para os 23,5 milhões de euros. Entre janeiro e março, período que ficou marcado pelo confinamento, a Navigator registou uma redução de 16% nas vendas para quase 341 milhões de euros.

Petróleo sobe com melhoria das perspetivas para a procura

O "ouro negro" segue em terreno positivo, impulsionado pelas boas perspetivas quanto ao nível da procura no próximo trimestre.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a ganhar 1,15% para 67,08 dólares por barril.

 

Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma também 1,15% para 69,51 dólares.

 

Os preços estão a ser sustentados pelo panorama otimista para o crescimento da procura por combustível no terceiro trimestre, numa altura em que os investidores estão já a focar as atenções na reunião de amanhã Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+).

 

Os membros da OPEP+ reúnem-se para debater as quotas de produção e o mercado espera que os aumentos de oferta já delineados para junho e julho se mantenham, podendo o grupo definir já o volume de produção a partir de agosto – que deverá continuar a aumentar de forma gradual.

 

Mesmo com o eventual aumento das exportações do Irão, no caso de levantamento das sanções de que é alvo devido ao seu programa nuclear, o mercado conseguirá absorver esse crude adicional, considera a OPEP.

Dólar cede e encaminha-se para segundo mês de queda

O euro avançava 0,11% face à nota verde, cotando nos 1,2205 dólares, com a divisa norte-americana a permanecer sob pressão. 

A cotação do dólar face a um cabaz das principais divisas prepara-se para registar o segundo mês consecutivo com saldo negativo.

A moeda norte-americana recuou para mínimos de três anos face à divisa chinesa, com os dados económicos do gigante asiático a permanecerem robustos.

O euro também ganha terreno face à moeda britânica, avançando 0,21%, para as 0,8611 libras esterlinas.

Ouro a caminho de maior subida mensal dos últimos 10 meses

Os preços do metal amarelo estão a negociar em alta, mantendo o seu estatuto de valor-refúgio numa altura em que existem receios de aumento da inflação.

 

O ouro a pronto (spot) segue a somar 0,09% para 1.904,30 dólares por onça no mercado londrino.

 

No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam 0,18%, para 1.905,90 dólares por onça.

 

Os receios em torno da inflação a nível mundial e de uma desaceleração do crescimento têm impulsionado os preços do metal precioso, que subiram 8% este mês e regressaram ao patamar dos 1.900 dólares por onça.

 

O ouro está a caminho da maior subida mensal dos últimos 10 meses (desde julho do ano passado), animado assim pelos riscos associados à inflação e também pela depreciação do dólar (que marca o seu segundo mês consecutivo de descida) – o que torna mais atrativos os ativos denominados na nota verde, como é o caso do metal amarelo, para quem negoceia com outras moedas.

Europa recua pela primeira vez em nove dias mas soma quarto mês de ganhos

As bolsas europeias recuaram na derradeira sessão de maio, com exceção da praça grega, tendo o Stoxx 600 aliviado dos máximos históricos de sexta-feira e registado a primeira queda nas últimas nove sessões.

O dia foi marcado pelos feriados nos EUA e Reino Unido, com o volume negociado a ser bem inferior ao habitual.

Ainda assim, o Stoxx 600 soma o quarto mês consecutivo com saldo positivo e acumula uma subida de 12% desde o início do ano, impulsionado pelas garantias do BCE de que não irá abrandar os estímulos devido às pressões inflacionistas temporárias, sendo que a inflação na Alemanha atingiu em maio a maior subida desde outubro de 2018. Os preços também aceleraram em Espanha e Itália, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira.

A maioria dos setores fechou no vermelho hoje, com destaque para as "utilities". 

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas públicas aliviaram na generalidade do espaço da moeda única.

A taxa de juro associada às obrigações de Portugal com prazo a 10 anos deslizou 0,8 pontos base para 0,455%, descida acompanhada pelas "yields" correspondentes aos títulos soberanos da Espanha e da Itália, que caíram respetivamente 0,1 e 0,4 pontos base para 0,471% e para 0,908%.

Foi a segunda queda consecutiva para o custo de financiamento destas três economias, com as obrigações destes periféricos a beneficiarem da procura dos investidores por ativos mais seguros.

Como tal, também a taxa de juro referente às obrigações soberanas alemãs, a dívida de referência para o bloco do euro, caiu, no prazo a 10 anos, 0,5 pontos base para -0,189%.

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