Ao minuto24.10.2025

Inflação nos EUA dá impulso à Europa. Stoxx 600 renova máximos históricos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta sexta-feira.
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Ole Berg-Rusten/AP
Negócios 24 de Outubro de 2025 às 17:58
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24.10.2025

Inflação nos EUA dá impulso à Europa. Stoxx 600 renova máximos históricos

As principais praças europeias encerraram a derradeira sessão da semana em alta, invertendo a tendência de negociação do arranque do dia, depois de os dados da inflação do outro lado do Atlântico terem dado algum alento às praças mundiais. Um corte de 25 pontos base nas taxas de juro mantém-se, assim, em cima da mesa para a próxima reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, com os investidores a preverem que o banco central volte a aliviar a sua política monetária em dezembro. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avançou 0,23% para 575,76 pontos, renovando máximos históricos - apesar de ter chegado a perder cerca de 0,3% durante a sessão. O setor automóvel foi o principal impulsionador do principal índice europeu, seguido do retalho e do industrial. 

Entre as principais praças da região, Lisboa cresceu 0,19%, Madrid valorizou 0,44%, Frankfurt saltou 0,13%, enquanto Londres subiu 0,70%, Amesterdão acelerou 0,52% e Milão ganhou 0,25%. Paris foi a única praça a não conseguir acabar no verde, ficando inalterada face à sessão de quinta-feira.   

"Uma inflação mais moderada pode oferecer um alívio temporário, mas alertamos contra a complacência [dos investidores]", avisa George Brown, economista sénior da Schroders, à Bloomberg. "As tarifas ainda não foram totalmente passadas pelas empresas [aos consumidores], agravando o potencial de efeitos secundários, uma vez que a Fed continua a reduzir as taxas", salienta ainda. 

Além dos dados da inflação norte-americana, que acelerou para 3% em setembro mas conseguiu ficar abaixo das estimativas, os investidores ainda estiveram a reagir a uma série de dados económicos na Zona Euro. A atividade empresarial no bloco de 20 países atingiu máximos de maio de 2024, com a força da economia alemã a compensar a desaceleração registada em França. O índice de gestores de compras da Zona Euro (PMI) acelerou de 51,2 pontos em setembro para 52,2 pontos em outubro. 

Entre as principais movimentações de mercado, o banco britânico NatWest acelerou 4,91% para 5,72 libras, depois de ter registado lucros de 1,93 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2025, mais 35,1% do que em igual período de 2024. A animar os investidores esteve ainda o "guidance" emitido para o resto do ano, com a instituição financeira a prever alcançar uma rentabilidade (ROTE) de 18%. 

24.10.2025

Juros da dívida da Zona Euro agravam-se. Portugal regressa aos 3%

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, numa sessão marcada pelos dados da atividade empresarial do bloco, que atingiram, de forma inesperada, o maior nível desde maio de 2024. 

Em França, o Partido Socialista afirmou estar preparado para derrubar o Governo minoritário, já fragilizado, na próxima semana.

Neste contexto, a rendibilidade da dívida francesa a dez anos foi a que mais acelerou no bloco, em 5,1 pontos-base, para uma taxa de 3,341%. Já os juros das "Bunds" alemãs, com maturidade também a dez anos e que servem de referência para a Zona Euro, aumentaram 4,3 pontos para 2,625%, o maior aumento em seis semanas. Em Itália, a subida foi de 4,2 pontos-base para 3,414%. 

Na Península Ibérica, os juros da dívida soberana portuguesa agravaram-se em 4,6 pontos para 3,003%. No país vizinho, os juros da dívida espanhola aumentaram 4,2 pontos-base para 3,157%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas aceleraram 0,8 pontos para 4,430%. 

Na próxima semana, o Banco Central Europeu deverá manter mais uma vez as taxas de juros, enquanto, nos EUA, a Reserva Federal deverá optar por um corte de 25 pontos-base, ao que tudo aponta.

24.10.2025

Dólar estável após subida ligeira da inflação

Soeren Stache/AP Images

O dólar norte-americano está a negociar praticamente estável esta sexta-feira, depois de ter sido divulgado o novo relatório da inflação nos UEA, que mostrou que os preços ao consumidor aumentaram menos do que o esperado pelos analistas em setembro, mantendo as apostas de que a Reserva Federal vai descer a taxa de juros na reunião próxima semana, o segundo corte consecutivo.

Os economistas consultados pela Reuters estimavam um aumento de 0,4% em cadeia e 3,1% homólogo.

O euro sobe 0,05% para 1,1624 dólares e, face à divisa nipónica, a "nota verde" avança 0,18% para 152,85 ienes. O índice do dólar DXY sobe ligeiramente para 98,98 pontos. 

Após o tão aguardado relatório da inflação, o foco dos investidores está agora na guerra comercial. Há novas preocupações entre o mercado, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que todas as negociações comerciais com o Canadá foram terminadas, isto depois de ter sido transmitido pelo governo do Ontário um anúncio com o ex-presidente Ronald Reagan a falar negativamente sobre as tarifas.

As atenções seguem também para o encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping, na próxima quinta-feira, 30 de outubro. "Acredito que as expectativas são bastante altas para a reunião entre Trump e Xi, com o risco de uma redução significativa das tensões após o encontro presencial", disse Ben Bennett, da L&G Asset Management, à Reuters.

Na Zona Euro, a atividade empresarial cresceu num ritmo mais rápido do que o esperado em outubro, liderada pelo setor de serviços, fazendo com que a moeda única ganhasse algum terreno esta tarde. 

24.10.2025

Ouro encaminha-se para interromper série de nove semanas em alta

Mike Groll/AP

Foram nove semanas a valorizar, marcadas por vários recordes consecutivos, mas que chegaram ao fim. O ouro encaminha-se para terminar a jornada de cinco sessões em território negativo, com perdas na ordem dos 3%, numa altura em que o recuo das tensões geopolíticas e a tomada de mais-valias após máximos históricos estão a retirar força ao metal precioso. 

A esta hora, o ouro sobe 0,01% para 4.130,57 dólares por onça, tendo chegado a cair quase 2% esta sexta-feira. As quedas do metal estão a ser amparadas pelos mais recentes dados da inflação dos EUA referentes a setembro, com o índice de preços no consumidor (IPC) a acelerar para os 3% - quando a expectativa dos analistas era que alcançasse os 3,1%. 

Apesar de estes dados praticamente selarem um corte nas taxas de juro de 25 pontos base na próxima reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, a expectativa de alívio da política monetária não está a ser suficiente para dar alento aos preços. "Os movimentos mais recentes sugerem que o ouro - e em especial a prata - precisam de desvalorizar mais antes de consolidarem", explica Tai Wong, analista de metais preciosos, à Reuters. 

Mesmo com as quedas registadas esta semana, o ouro já valorizou mais de 55% este ano, impulsionado por uma corrida dos bancos centrais ao metal precioso e por relações comerciais e geopolíticas mais conturbadas. O "rally" levou o ouro a atingir máximos de 4.381,21 dólares por onça na segunda-feira. 

24.10.2025

Petróleo prestes a fechar semana com ganhos de 7%

Eli Hartman/AP

O barril de petróleo prepara-se para encerrar a semana com ganhos em torno dos 7%, depois de os preços do crude terem disparado na quinta-feira à boleia das sanções norte-americanas às duas maiores petrolíferas russas. Esta sexta-feira, a matéria-prima continua a valorizar, embora em escala mais reduzida, com os EUA determinados em cortar as fontes de financiamento de Vladimir Putin para continuar a guerra na Ucrânia. 

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,52% para os 62,11 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,83% para os 66,54 dólares por barril. Os dois "benchmarks" ainda chegaram a negociar em terreno negativo esta sexta-feira, pressionados por uma tomada de mais-valias, mas depressa voltaram a uma tendência ascendente.

"Todos aguardam sinais do impacto das novas sanções contra a Rússia. O mercado está em modo de 'esperar para ver 'o que acontece com os fluxos [petrolíferos]", explica Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, à Reuters. Para já, o impacto fez os preços do petróleo dispararem 5% na última sessão, no rescaldo do anúncio das sanções, encaminhando o crude para a melhor semana desde meados de junho. 

Além dos EUA, o Reino Unido também avançou com sanções à Rosneft e Lukoil na semana passada, ao passo que a União Europeia aprovou um 19.º pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a proibição das importações de gás natural liquefeito russo. O bloco também adicionou duas refinarias chinesas à sua lista de sanções contra a Rússia.

A investida dos EUA contra a Rússia veio dar algum alento ao petróleo, depois de semanas "negras" a ser pressionado pelas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), que reviu em alta as suas estimativas para um excedente de crude no mercado para 2026. A entidade antecipa que, no próximo ano, a oferta supere a procura em cerca de 4 milhões de barris por dia - um valor que pode ainda subir caso a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidam aumentar ainda mais a produção da matéria-prima. 

24.10.2025

Wall Street em euforia após dados da inflação. S&P 500 e Nasdaq com novos máximos

AP/Seth Wenig

Os dados da inflação abaixo do esperado foram suficientes para levar Wall Street a novos máximos. Os principais índices norte-americanos arrancaram a derradeira sessão da semana em alta, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) dos EUA tem o caminho livre para continuar a aliviar a sua política monetária - isto depois de o índice dos preços no consumidor (IPC) ter acelerado apenas até 3% em setembro, quando os analistas apontavam para 3,1%.

O S&P 500 tocou um novo máximo no arranque da sessão, atingindo os 6.798,72 pontos. A esta hora, o "benchmark" avança 0,81% para 6.792,85 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 0,67% para 47.044,00 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 1,10% para 23.197,83 pontos. O último índice também atingiu valores recorde, ao tocar nos 23.206,79 pontos

Observando os dados em cadeia, a . Já a inflação "core" - que exclui os setores com uma maior volatilidade de preço - avançou 0,2%, o ritmo mais lento em três meses. No que diz respeito aos dados de outubro, a Casa Branca já veio dizer que é bastante provável que não sejam divulgados no próximo mês.

"A leitura do IPC abaixo das previsões de hoje garante um corte nas taxas [de juro] na próxima reunião da Fed", começa por explicar Josh Jamner, analista da ClearBridge Investments, à Bloomberg. "Embora os sinais de inflação induzida pelas tarifas sejam evidentes em categorias específicas (como vestuário e mobiliário), os preços dos bens aumentaram a um ritmo mais lento em setembro do que em agosto", acrescenta, o que diz sugerir que as empresas estão a absorver algum do impacto da política comercial da administração Trump - e não a passá-la por completo aos consumidores. 

O sentimento de mercado está ainda a ser impulsionado por um aliviar das tensões comerciais entre EUA e China. Os , dia 30 de outubro, na Coreia do Sul, no âmbito da cimeira de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Este será o primeiro encontro "cara a cara" entre Trump e Xi Jinping desde que o republicano voltou a assumir as rédeas da Casa Branca, em janeiro deste ano.

Entre as principais movimentações de mercado, a Intel dispara 6,03% para 40,46 dólares, depois de ter regressado aos lucros, com o resultado líquido por ação a atingir os 0,23 dólares - bastante acima dos 0,01 dólares esperado pelos analistas. As receitas também aceleraram mais do que antecipado, atingindo os 13,7 mil milhões, com o otimismo a ser ainda impulsionado pelo "guidance" para o resto do ano. 

Já a Ford acelera 7,13% para 13,22 dólares, após a fabricante de automóveis ter sinalizado que deverá recuperar no próximo ano de um incêndio devastador que afetou um fornecedor importante da sua carrinha "pick-up" F-150, líder de vendas. 

24.10.2025

Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,072%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,104%) e a 12 meses (2,159%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,104%, mais 0,005 pontos do que na quinta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,159%, mais 0,003 pontos do que na sessão anterior.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou para 2,072%, mais 0,007 pontos do que na quinta-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

24.10.2025

Europa negoceia no vermelho com investidores à espera de dados da inflação nos EUA

Os principais índices europeus negoceiam de forma volátil esta manhã, enquanto vão registando perdas após uma abertura de sessão ter pintado as bolsas do Velho Continente de verde, ainda que apenas temporariamente.

O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – cede 0,15%, para os 573,55 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,06%, o espanhol IBEX 35 recua 0,35%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,32%, o francês CAC-40 perde 0,52%, o britânico FTSE 100 subtrai 0,12% e o neerlandês AEX soma 0,30%.

Os investidores parecem não querer avançar com grandes apostas nos ativos de risco antes da divulgação dos dados da inflação de setembro nos Estados Unidos (EUA). O relatório servirá para obter pistas sobre as perspetivas de política monetária na maior economia mundial - à medida que prossegue o “shutdown” do Governo Federal no país -, sendo que os “traders” já dão como praticamente certo uma nova flexibilização dos juros em 25 pontos-base na reunião do final deste mês da Reserva Federal (Fed).

A pressionar a Europa parece estar também uma nova leva de incerteza comercial depois de Trump ter dado por terminadas as negociações comerciais com o Canadá, com o republicano a acusar o país vizinho de utilizar num anúncio televisivo que considerou fraudulento um discurso feito por Ronald Reagan no qual o ex-presidente norte-americano fala negativamente sobre tarifas.

Ainda que registem perdas a esta hora, o sentimento do mercado recebeu um impulso no início da sessão, depois de a Casa Branca ter anunciado que o Presidente Donald Trump se reunirá com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, sinalizando um progresso nas relações entre as duas potências, após um recente agravamento das tensões comerciais.

E à medida que prossegue a época de apresentação de contas do terceiro trimestre, destaca-se na negociação esta manhã a tecnológica sueca Lagercrantz Group Aktiebolag, que segue a valorizar quase 8%, no seguimento de resultados positivos referentes ao terceiro trimestre. Também o NatWest Group chegou a subir perto de 7%, sendo que a esta hora regista ganhos mais contidos na ordem dos 2%, depois de o banco britânico ter revisto em alta as suas previsões para o ano, após ter superado as estimativas dos analistas para o terceiro trimestre. A beneficiar de contas acima das expectativas está igualmente a farmacêutica francesa Sanofi, que soma perto de 1%.

Entre os setores, o do imobiliário (-1,27%) regista a maior queda, seguido das “utilities” (-0,91%) e dos recursos naturais (-0,84%). Por outro lado, o tecnológico (+0,93%) lidera os ganhos, enquanto o setor automóvel avança 0,40%.

24.10.2025

Juros registam fortes agravamentos em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro negoceiam com agravamentos em toda a linha, num dia em que os principais índices bolsistas da região registam perdas de forma generalizada.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 4 pontos-base, para 2,997%. Em Espanha a "yield" da dívida com a mesma maturidade sobe 3,4 pontos, para 3,149%.

Já os juros da dívida soberana italiana avançam 3,5 pontos, para 3,407%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa segue a mesma tendência e soma 4,3 pontos-base, para 3,423%, numa altura em que os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 3,3 pontos, para os 2,615%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a tendência inversa e aliviam 0,7 pontos-base, para 4,415%.

24.10.2025

Dólar ganha terreno em dia de dados da inflação

Soeren Stache/AP Images

O dólar ganha terreno esta manhã, com os investidores a prepararem-se para dados atrasados sobre a inflação que provavelmente não impedirão Reserva Federal (Fed) norte-americana de flexibilizar as taxas de juro na próxima semana.

Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar ganha 0,09%, para 99,029 pontos.

Os "traders” aguardam agora pela divulgação do Índice de Preços no Consumidor dos EUA referente a setembro, que será divulgado ainda nesta sexta-feira, apesar do "shutdown” do Governo Federal. E embora analistas não esperem que os dados impeçam a Fed de reduzir as taxas em 25 pontos-base na sua reunião da próxima semana, os números podem fornecer pistas sobre o que o banco central poderá vir a decidir na sua reunião de dezembro.

As preocupações com a guerra comercial também voltaram à agenda, depois de e o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que as negociações comerciais com o Canadá foram terminadas. O republicano acusou o Canadá de utilizar num anúncio televisivo que considerou fraudulento um discurso feito por Ronald Reagan no qual o ex-Presidente fala negativamente sobre tarifas.

A esta hora, o dólar avança 0,17%, para os 152,830 ienes.

Pelo Japão, a recentemente eleita primeira-ministra Sanae Takaichi está a preparar um pacote de estímulo económico que provavelmente excederá os 92 mil milhões de dólares do ano passado para ajudar as famílias a lidar com a inflação, disseram fontes governamentais familiarizadas com o plano à Reuters. O plano poderá vir a ser um obstáculo para o Banco do Japão aumentar as taxas de juro na próxima semana, com os “traders” a atribuírem uma probabilidade de apenas 19% de um aumento nas taxas de juro.

Por cá, a moeda única avança tímidos 0,05%, para 1,162 dólares. Ainda pela Europa, a libra valoriza 0,02% para os 1,333 dólares.

24.10.2025

Ouro a caminho de primeira queda semanal em mais de dois meses

Matthias Schrader / AP

Os preços do ouro negoceiam em queda nesta sexta-feira, à medida que caminham para a primeira perda semanal em mais de dez semanas, com o metal amarelo a ser pressionado por um dólar mais forte e pela retirada de mais-valias.

A esta hora, o metal perde 0,75%, para os 4.094,210 dólares por onça.

Uma reunião entre os líderes dos EUA e da China na próxima semana tem boas hipóteses de diminuir as tensões comerciais, segundo especialistas citados pela Reuters, o que está a ajudar o dólar e a reduzir a procura pelo ouro enquanto ativo-refúgio.

O foco dos “traders” está agora no relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC) dos EUA, que deverá mostrar que a inflação se manteve em 3,1% em setembro, sendo que a divulgação dos dados adiada para o dia de hoje, devido à paralisação do Governo Federal norte-americano.

No plano da política monetária, os investidores dão já como praticamente certo um corte de 25 pontos-base nas taxas diretoras dos EUA na próxima reunião da Fed, que acontecerá nos dias 28 e 29 deste mês. “Do ponto de vista do ouro, um IPC moderado seria bem-vindo, pois manteria a Fed no caminho certo para reduzir as taxas duas vezes antes do final do ano”, disse à Reuters Tim Waterer, da KCM. Ainda assim, o especialista resslava que “qualquer surpresa positiva na inflação provavelmente fará com que o dólar ganhe ainda mais força, o que poderá ser prejudicial para o ouro”.

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